Alta da Selic desafia pequenos negócios e pode aumentar inadimplência

A recente elevação da Selic, que agora atinge 11,25% ao ano, traz preocupações significativas para os pequenos negócios. Segundo o Banco Central, a medida visa controlar a inflação, projetada para fechar em 4,59% em 2024, acima do teto de 4,5% estipulado pelo governo. Por outro lado, o aumento dos juros encarece o crédito, dificultando o acesso a financiamentos essenciais para microempreendedores individuais (MEIs) e empresas de pequeno porte.

Um estudo do Sebrae revela que, para MEIs, a taxa de juros em empréstimos pode ultrapassar 50% ao ano em algumas regiões, tornando a busca por capital de giro um desafio financeiro.

O impacto dessa alta também é sentido pelos consumidores, o que agrava o cenário para o comércio. Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgado no dia 5, mostra que 50,4% das famílias com dívidas estão atrasadas há mais de 90 dias, o maior índice desde 2018. Isso reflete diretamente no consumo, já que muitas famílias estão limitadas pela dificuldade em quitar dívidas e enfrentar juros altos.

Para os pequenos empresários, a dica é redobrar o planejamento financeiro e buscar alternativas como renegociação de dívidas e redução de custos, enquanto o mercado espera por uma possível redução da Selic em médio prazo, segundo o Sebrae.

Texto: Dayane Freitas

Com informações da CNC e do Sebrae

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