Vendas natalinas devem crescer até 4% no Estado, avalia Fecomércio-ES

Estimativa de crescimento é menor do que o ano passado e reflexo do atual cenário econômicoO Natal é uma das datas festivas que mais movimentam o comércio, porém as vendas natalinas deste ano deverão crescer modernamente, abaixo do que foi registrado no mesmo período em 2013. A expansão prevista pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) é de 4%, enquanto no ano passado, a estimativa era de 5%.Os indicadores econômicos deste ano já apontavam como seria o Natal, como pondera o presidente da Fecomércio-ES José Lino Sepulcri. “Temos uma economia que não cresce, inflação alta, juros subindo, ou seja, uma infinidade de problemas que impedem o aumento da confiança. O ano de 2014 não foi bom para o comércio e 2015 deve ir pelo mesmo caminho. Quando o dinheiro não circula, as vendas não andam”, disse.Diante disso, o varejo apela para as diversas maneiras de alavancar as vendas, entre elas, o pagamento em carnês, cartão de crédito, parcelamentos e descontos. “É a maneira que o comércio encontrou para aquecer as vendas. Maiores condições de pagamento serão o diferencial na hora das compras. Ou seja, é um trabalho conjunto em que são oferecidos preços acessíveis que estimulam o consumidor”, ressalta Sepulcri.As estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para o País são semelhantes. Espera-se uma expansão de 2,6% a mais que no Natal do ano passado, em que as vendas natalinas cresceram 5,1%. Porém, a revisão anterior da entidade para este ano era de um avanço de 3%.Em dezembro, o faturamento das lojas de departamento costuma crescer 90% em relação ao mês anterior, devido ao fator sazonal. Os maiores faturamentos devem ocorrem nos segmentos de vestuário e calçados, hiper e supermercados, devido à procura dos consumidores. “Nesta época, costuma-se realizar ceias de natal e troca de presentes entre familiares e amigos, mas poucos setores devem reverter a situação das vendas”, pondera José Lino Sepulcri.13º SalárioA força comercial do Natal, que conta com o apoio do 13° salário e a geração de empregos temporários, dá um estímulo às compras e, assim, impulsionará as vendas no comércio no final do ano. Até dezembro de 2014, estima-se que deverão ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 158 bilhões com pagamento do 13º salário. No Estado, 1.566.047 pessoas receberão o 13º Salário, totalizando mais de R$ 2 bilhões na economia local, segundo o Dieese-ES. Os consumidores endividados devem usar o dinheiro, principalmente a primeira parcela, para quitar as dívidas e recuperarem o crédito. “Claro que não é necessário deixar de comprar um presente ou outro, o Natal é época de consumo, uma época diferente. Mas é preciso usar conscientemente o dinheiro, negociando as dívidas para que se possa voltar a comprar”, relata Sepulcri.

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