Intenção de consumo dos capixabas inicia o ano estável, diz Fecomércio-ES
Com leve retração de -0,2%, a intenção de consumo dos capixabas permanece em nível favorável
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) capixabas registrou uma leve queda de -0,2%, ao passar de 121,0 pontos em dezembro para 120,8 em janeiro, de acordo com os dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomercio/ES). O resultado mantém-se acima da zona de indiferença (100 pontos), indicando um nível ainda favorável para o consumo.
Entre as famílias com renda acima de 10 salários mínimos (sm), a intenção de consumo cresceu 4,5% em janeiro frente a dezembro, passando de 120,4 pontos para 125,8 neste mês. Na avaliação da Fecomércio-ES, o início de ano é um período em que as famílias têm maior comprometimento da renda com pagamentos de IPVA, matrículas e compra de material escolar. “Como dezembro é um mês culturalmente de crescimento no consumo, devido às festas de final de ano, já era de se esperar que o início do ano fosse marcado pela cautela do consumidor”, avalia o presidente da Federação, José Lino Sepulcri.
Quanto ao mercado de trabalho e a massa salarial, as famílias estão presenciando um período favorável. E como esperado, o indicador que reflete a satisfação em relação à renda atual cresceu em janeiro. Em dezembro este índice marcava 139,3 pontos e neste mês passou para 141,8 pontos. Entres as famílias com mais de 10 sm a satisfação foi ainda maior, passando de 139,6 para 155,3 pontos.
Em relação à satisfação com emprego atual em comparação com o mês passado, houve aumento de 2,5%. O mesmo aconteceu com o indicador da perspectiva profissional, que cresceu 10% em janeiro.Consumo
Neste período de início de ano há uma menor disposição ao consumo, além da manutenção de um nível elevado de endividamento que impediu um aumento da confiança das famílias. Na pesquisa, os dois indicadores responsáveis pelo lento desempenho da intenção de consumo do capixaba foram à perspectiva de consumo e a avaliação do momento para compra de duráveis. A perspectiva de consumo das famílias que em dezembro estava em 112,4 pontos chegou agora neste início de ano a 99,7 pontos. Quanto à compra de duráveis que no mês anterior estava em 100,8 pontos caiu para 89,8 pontos neste mês. Mesmo com o ritmo moderado da economia, o nível de otimismo vem se recuperando. “O consumidor está preocupado em quitar dívidas adquiridas anteriormente, o que acaba por comprometer a boa disposição aos gastos, logo, a sua intenção de consumo”, afirma Sepulcri.
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