Entre os endividados capixabas, 87,3% têm débitos no cartão de crédito em dezembro
Número de famílias com dívidas subiu de 13,7% em relação a dezembro de 2012, conforme Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores – Peic da Fecomércio-ES.
O percentual de famílias endividadas chegou a 74,8% em dezembro na Grande Vitória, aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). O percentual reflete o total de 79.395 capixabas endividados, um crescimento de 8,2% na comparação com novembro. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 13,7%.
O cartão de crédito permanece como o principal motivador de endividamento, e com números cada vez mais expressivos. O dinheiro de plástico foi apontado por 87,3% das famílias endividadas, seguido pelo financiamento de carro (8,5%), financiamento de casa (7,2%) e cheque especial (6%).
Em contrapartida, o indicador que avalia a condição de arcar com as dívidas ficou mais favorável este mês. Em novembro, 9,9% afirmaram que não teriam condição de pagar, em dezembro o número caiu para 6,3%. Quanto ao comprometimento da renda com as dívidas, 28,6% dos entrevistados possuem 10% da renda comprometida, 49,1% de 11% a 50% da renda e 19,8% acima de 50%.
O consumidor poderá aproveitar a renda extra do final do ano, como o décimo terceiro salário, para quitar seus débitos e iniciar 2014 menos endividado. “O desempenho da economia do país foi lento este ano, a inflação e os altos impostos tornaram o ano difícil para o capixaba que chegou ao final do ano endividado. Agora, o consumidor deve destinar parte do 13° salário para o pagamento de dívidas já adquiridas, e aproveitar para iniciar o novo ano menos endividado”, afirma o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.
Contas em atraso
O número de endividados com contas em atraso caiu em dezembro. Em novembro, 25,1% possuíam contas em atraso, passando para 23,6% este mês. Neste grupo, 37,2% dos entrevistados possuem atraso de 30 dias, 23% entre 30 e 90 dias e 39,8% acima de 90 dias. Além disso, 24,8% das famílias devem permanecer mais de um ano com a renda comprometida e 40,2% até 3 meses.
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