Em oito meses, vendas do comércio capixaba crescem 7,5%

As vendas do
comércio restrito (bens não-duráveis e semi-duráveis) no Espírito Santo
cresceram 7,5% de janeiro a agosto, em relação ao mesmo período do ano passado,
segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) apurada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), com tratamento e análise regional da Assessoria
Econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito
Santo (Fecomércio-ES).

A alta no
comércio restrito foi puxada principalmente por equipamentos e materiais para
escritório, informática e comunicação (61,6%); outros artigos de uso pessoal e
doméstico (15,4%); e combustíveis e lubrificantes (14,3%).

No conceito
ampliado – que inclui os segmentos de veículos e materiais de construção –
houve crescimento de 0,5% nos oito primeiros meses de 2022 sobre o mesmo
período de 2021.

Já na
comparação de julho com agosto, no indicador ampliado a alta foi de 0,8%. O
comércio restrito ficou praticamente estável no período, com variação negativa
de 0,4%. Frente ao mesmo mês do ano passado, no entanto, este obteve alta de
6,1% e o primeiro, queda de 5,8%, respectivamente.

A
Fecomércio-ES avalia que a desaceleração das vendas, se observada a variação
mês a mês desde abril, mostra que a inflação continua exercendo impacto na
capacidade de compra das famílias. Além disso, o ciclo dos juros ainda
permanece alto. Com isso, as dívidas adquiridas pelas famílias ficam mais caras
e freiam novas compras.

Apesar
disso, o comércio capixaba se encontra no patamar superior ao da pré-pandemia,
sendo 16,4% acima de fevereiro de 2020 para o comércio restrito e 9,0% acima no
ampliado.

Para os
próximos meses, se houver continuidade na queda da inflação, os demais
indicadores deverão reagir positivamente. Nesse contexto, a expectativa
continua otimista, pois as medidas de incremento à renda e a recuperação do mercado
de trabalho deverão dar suporte ao consumo para as vendas de final de ano.

Comércio

Ago/22 x Jul/22

Ago/22 x Ago/21

Acumulado no ano

Brasil – Restrito

-0,1%

+1,6%

+0,5%

Brasil –
Ampliado

-0,6%

-0,7%

-0,8%

Espírito Santo –
Restrito

-0,4%

+6,1%

+7,5%

Combustíveis e lubrificantes

22,0

14,3

Hipermercados e supermercados

8,2

6,4

Tecidos, vestuário e calçados

-7,7

6,5

Móveis e
eletrodomésticos

-7,6

-3,9

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

5,6

7,1

Livros, jornais, revistas e papelaria

-11,6

9,5

Equipamentos e materiais para
escritório, informática e comunicação

33,7

61,6

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

21,9

15,4

Espírito Santo –
Ampliado

+0,8%

-5,8%

+0,5%

Veículos, motocicletas, partes e peças

-14,0

-9,2

Material de construção

12,8

4,0

Fonte:
PMC/IBGE. Elaboração: Assessoria Econômica Fecomércio-ES.

Sobre a PMC

A PMC
acompanha o comportamento conjuntural do comércio no País e nas unidades da federação,
a partir da receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com
20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.

Os dados são
divulgados com dois meses de defasagem e podem sofrer
atualizações
na divulgação seguinte.

Por Dayane Freitas

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