É estável o número de famílias endividadas na Grande Vitória, constata Fecomércio-ES

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) aponta

um total de 66,9% de endividados em junho, registrando leve acréscimo de 0,7%

Pelo segundo mês consecutivo, o número de endividados volta a crescer na Grande Vitória. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), aponta para um total de 66,9% de pessoas endividadas em junho, um leve acréscimo de 0,7%, indicando 70.959 em números absolutos, enquanto em maio o percentual foi de 66,2%.

O número de famílias com contas em atraso registrou leve queda, com 23,5% dos endividados, indicador menor que em maio, quando esse número foi 23,9%. Além disso, 11,6% afirmaram não ter condição de quitar as dívidas que contraíram nos últimos meses, diferente do mês passado, quando o índice registrou 11,1%.

“As famílias capixabas estão arcando com dívidas em atraso, mas ao mesmo tempo, estão adquirindo novos gastos, o que contribui para aumentar o número de endividados na Grande Vitória”, declara José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio-ES.Tipo de dívida

Seguindo a tendência dos últimos meses, o cartão de crédito continua sendo o principal responsável pelos endividamentos, com 71,1% em junho ante 68,3% em maio. “ As famílias preferem o dinheiro de ‘plástico’”, destaca Sepulcri. Nas famílias com até 10 salários mínimos, 72,9% fizeram uso do cartão de crédito enquanto nas famílias com renda acima de 10 salários mínimos o índice registrou 59,7%.

Além do cartão, o financiamento de carro (21,7%) e o crédito pessoal (16,5%) foram os principais tipos de dívida adquirida pelas famílias. Em junho, o cheque especial cresceu, registrando 12%, ante a 9,6% e maio, assim como o crédito consignado, com 4,9% em junho e 1,2% em maio.

9,6%Tempo de comprometimento

Em relação ao tempo de comprometimento, 48% das famílias entrevistadas permanecerão endividadas por mais de um ano, principalmente as com renda acima de dez salários mínimos (59,7%). Entre as famílias com contas atrasadas, 35,1% tem atraso em até 30 dias, 19,9% entre 30 e 90 dias e 45% acima de 90 dias.

Outro fator considerado pela pesquisa é a parcela de renda comprometida com dívidas. Neste indicador, 54,4% dos entrevistados diz ter de 11% a 50% da renda prometida, outros 26,6% possuem mais de 50% da renda familiar afetada, enquanto 18,5% possuem até 10% de comprometimento. Na avaliação de economistas, o ideal é que a parcela de endividamento não ultrapasse 30% da renda mensal.

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