DESTAQUE FECOMÉRCIO/ES: Endividamento, Inadimplência e Intenção do Consumidor na Grande Vitória
PEIC – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – ABRIL 2010
Melhora os indicadores de endividamento e inadimplência na Região Metropolitana de Vitória em abril
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) auxilia os empresários que utilizam o crédito como ferramenta estratégica, permitindo o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor, com informações sobre o nível de comprometimento da renda do consumidor com dívidas, contas e dívidas em atraso e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.
O percentual de famílias endividadas em abril continua caindo em relação ao mês de fevereiro, mostrando 51% de endividados ante 58% em fevereiro. Também houve queda expressiva no percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso, passando de 27% para 16%. Entre os endividados que possuem contas ou dívidas em atraso, 8% não terão condições de pagar, percentual este significativamente menor que o mês de março, quando o índice apresentou o maior número da série. São considerados endividados aqueles que afirmam ter parte de sua renda mensal familiar comprometida com dívidas do tipo: cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoal, prestações de carro e seguros. A pesquisa mostrou que, em abril, entre esses indivíduos, 8,8% se consideram muito endividado. Os principais tipos de dívidas são o cartão de crédito (67,5%) e financiamento de carro (18%).
As dívidas ou contas em atraso perduram, em média, por 54 dias. Considerando o total da renda mensal familiar, em média, 30,3% está comprometida com dívidas mensais, como: cheque pré-datado, cartões de crédito, fiados, carnês de lojas, empréstimos pessoal, compra de imóvel e prestação de carro e seguro.
Em fevereiro esse índice foi de 34%. Todos os indicadores da pesquisa no mês de abril foram favoráveis, principalmente o de inadimplência potencial que mostra o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas: este índice recuou de 15% para 8%. A evolução do emprego e da renda no primeiro trimestre do ano influenciou positivamente a melhora dos índices.
ICF – Pesquisa de Intenção do Consumo das Famílias – ABRIL 2010
Intenção do Consumo das Famílias da Região Metropolitana de Vitória tem queda 4,3% em abril
A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador inédito com capacidade de medir a avaliação dos consumidores sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, como a sua capacidade de consumo (atual e de curto prazo), nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro. Em outras palavras, como as avaliações do consumidor em relação ao futuro são verificadas em um horizonte de 3 a 6 meses, o ICF é um indicador antecedente do consumo, do ponto de vista dos consumidores, o que o torna uma ferramenta poderosa para o planejamento do comércio e de outras atividades produtivas.
No mês de abril em relação a março, o ICF apresentou um recuo de 4,3%. Quatro dos sete componentes do índice tiveram retração em abril, com destaque para a “Perspectiva de Consumo”, com queda de quase 13% em relação a março.
Percebe-se que em abril, os resultados para as famílias que possuem renda familiar de até 10 salários mínimos mostraram as maiores retrações. Tanto que, enquanto o ICF para esse grupo de famílias apresentou queda (de 127,8 para 119,6), o ICF para as famílias que possuem renda familiar de acima de 10 salários mínimos aumentou (de 132,5 para 137,0).
Observa-se que as famílias com renda até 10 salários mínimos estão um pouco mais preocupadas com sua renda, o consumo atual e suas perspectivas de consumo. O número de famílias que acha que sua renda está pior em relação ao mesmo período do ano passado aumentou.
A pressão sobre os preços, principalmente dos alimentos, nesses primeiros meses do ano tende a impactar em maior grau o orçamento das famílias mais pobres. Isso certamente influenciou a avaliação de sua renda e consumo.
Apesar do resultado negativo em abril (-4,3% em relação a março), apenas um componente do índice se situa abaixo da linha de indiferença. Isto é, os consumidores estão um pouco mais pessimistas em relação ao “nível de consumo atual”, porém, em todos os outros componentes o sentimento é otimista.