Confiança do empresário do comércio reduz neste início de ano

A desaceleração do comércio neste período, provocou em janeiro a redução da confiança do empresário da Grande Vitória em 3,7%

O empresário do comércio está menos confiante com a situação econômica do país neste início de ano, o que refletiu em queda no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC). Em janeiro, o indicador marcou 110 pontos referente a uma queda de -3,7% em relação a dezembro, segundo pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). A queda é resultado da típica desaceleração do comércio neste período.

O resultado negativo foi impulsionado pelo Índice de Condições Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que apresentou 135,1 pontos, uma queda de -5,7% em relação ao mês anterior. Outro fator que chama a atenção na pesquisa é a redução em relação à Contratação de funcionários (IC) que retraiu -17,1%.

Para a Fecomércio-ES, o empresário do comércio ainda sofre com o reflexo do ano anterior que foi marcado pela lentidão no crescimento econômico. “No comércio, o baixo crescimento econômico refletiu em um recuo significativo. O menor ritmo de crescimento das vendas afetou também negativamente a satisfação do empresário do setor”, afirma o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.

Apesar da queda na confiança do empresário, o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio apresentou um pequeno avanço de 0,6%, principalmente em relação às Condições Atuais do Comércio, que subiu 3,3% em relação a dezembro. Apesar desse avanço, o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio permanece com 81,1 pontos em janeiro, abaixo da linha de otimismo que é 100 pontos.

“O nível de atividade econômica direcionou para o baixa crescimento na atividade. Mas, os investimentos no setor devem se consolidar aos poucos, com cautela, e seguindo uma expectativa de crescimento moderado das vendas para os próximos meses”, diz Sepulcri. Porte e atividade

Na comparação pelo porte das empresas, os empresários que mostraram melhores expectativas foram os das empresas que possuem maior número de funcionários. Entre as empresas com mais de 50 empregados, o índice de confiança do empresário apresentou saldo positivo, com avanço de 9% em janeiro. Já nas empresas com menos de 50 empregados, houve queda de -4%. No indicador de investimentos, as empresas maiores aumentaram 15,7%, enquanto as empresas menores avançaram 3,5.

Outro fator estudado pela pesquisa é a avaliação do grupo de atividades das empresas, que reduziu em dois campos. Em janeiro, os grupos semi-duráveis e duráveis registraram retração, respectivamente, 5,2% e 6,6%. Já o grupo de não duráveis registrou crescimento de 0,6%, mostrando que os empresários continuam investindo com mais moderação em função da condição atual da economia.

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