Confiança do empresário do Comércio recua 2,4% em novembro

Crescimento nacional perto do zero, alta na inflação e mudanças tardias no cenário político econômico influenciaram no otimismo do empresárioCom inflação e juros mais altos, o otimismo do empresariado do comércio recuou gradativamente ao longo do ano. O mês de novembro seguiu a tendência anual e registrou queda de 2,4%, equivalente a 103,9 pontos ante 106,4 pontos em outubro. Apesar de se manter acima do nível da neutralidade (100 pontos), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), teve seu melhor desempenho em janeiro (110 pontos) e atingiu o pior patamar em julho (98,2 pontos).Para o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, as mudanças político-econômicas tardias influenciaram na confiança do empresário. “A economia está travada há meses por uma conjuntura política”, diz o presidente da entidade. Os dados do subíndice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) recuou 14,1%, 63,8 pontos ante 74,3 pontos em outubro, sendo a principal causa do resultado negativo em novembro.O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec) oscilou levemente para baixo, com 0,7%, caindo de 0,5 pontos frente a 107,9 pontos de outubro. Houve queda na intenção de investimento das empresas, entretanto, o empresário demonstrou maior disposição às contratações de novos funcionários. De maneira semelhante, houve melhora na situação atual dos estoques.“O empresário tem dificuldade em investir por não saber como será o cenário do setor no futuro. Porém, a mudança da equipe econômica do governo para os próximos anos nos deixa otimistas. É a oportunidade que temos de corrigir os erros e reacender a confiança do empresário. O controle rigoroso da inflação e geração de emprego vão impulsionar as vendas no setor”, avalia Sepulcri.Em contrapartida, o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) expandiu ligeiramente 2,7%, 140,8 pontos sobre 137,1 pontos de outubro. As expectativas para a economia do Brasil, do comércio e das empresas comerciais melhoraram muito, segundo os empresários. “Espera-se que reduzam os cortes sem prejudicar ainda mais o crescimento do comércio e a vida do consumidor”, pondera Sepulcri.Avaliação por porte e grupo de atividadeAs médias e grandes empresas tiveram melhor desempenho no mês de novembro, com a confiança crescendo 14,4% frente a outubro, enquanto o otimismo das micro e pequenas empresas amargou recuou de 2,7%. Para as empresas de todos os portes, o item de condições atuais foi o fator decisivo, que refletiu nas expectativas e nos investimentos. O mercado de produtos não duráveis (hiper e supermercados) manteve a confiança em novembro, com crescimento de 3,6%, em detrimento dos demais grupos de atividade.Aos 103,9 pontos restando menos de um mês para o final do ano, o resultado de novembro mostrou 2014 como o ano de menor confiança por parte dos empresários do comércio desde a criação do índice em 2011, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).Foto: Divulgação.

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