Setor de serviços capixaba registra estabilidade em agosto


Três dos cinco grupos de atividades pesquisados apresentaram crescimentos em relação ao mesmo mês do ano passado com destaque para “Outros Serviços”, que cresceu 27,4%. Nesse grupo estão englobadas as atividades de venda e aluguel de imóveis, manutenção e reparação em geral, corretagem de planos de saúde e seguros, coleta e gestão de resíduos, entre outros. O grupo de “Transportes” apresentou o segundo melhor crescimento, sendo 6,3% maior que no mesmo mês do ano passado.
Estados
Em relação aos resultados regionais do setor de serviços em agosto frente a julho, as maiores variações positivas de volume foram Roraima (9,8%), Bahia (3,8%) e Piauí (3,5%). Já os destaques negativos ocorreram em Alagoas (-5,9%), Paraíba (-3,6%) e Amazonas (-2,9%). Nesse ranking, o Espírito Santo apareceu em 11° lugar, com a variação de 0,1%.
Na comparação de agosto de 2017 e agosto de 2016 apenas quatro estados apresentaram variação positiva, a saber, Mato Grosso (15,8%), Paraná (5,5%), São Paulo (0,8%) e o Espírito Santo, que apareceu em 4º lugar com variação de 0,1%. As maiores variações negativas foram no Distrito Federal (-13,3%), Paraíba (-12,7%) e Amapá (-12,2%).
IATUR – Índice de Atividades Turísticas
O agregado que compõe o Índice de Atividade Turística (IATUR), medindo o volume de atividades turísticas no Espírito Santo, cresceu 1,2% na passagem de julho para agosto, sendo o único estado a apresentar variação positiva nessa comparação entre os doze pesquisados.
Já na relação de agosto de 2017 frente a agosto de 2016, o IATUR ES apresentou crescimento mais significativo de 11,1%, representando o estado com a melhor variação nessa comparação. Importante ressaltar também que esse resultado apareceu após 31 meses de resultados negativos, ou seja, desde dezembro de 2014 o IATUR ES não alcançava resultado positivo nessa comparação (mês x mesmo mês do ano anterior). Com esses resultados o acumulado no ano passou a uma queda menor, de 8,3% e o acumulado em doze meses também reduziu sua queda para 9,2%.
No Brasil, o IATUR apresentou queda de 3,1% na passagem de julho para agosto e também queda de 8,1% em relação a agosto de 2016. Dos doze estados brasileiros para o qual o índice é calculado, apenas no Espírito Santo o IATUR apresentou variação positiva em relação ao mês anterior (1,2%). Os destaques negativos foram: Pernambuco (-8,5%), Rio de Janeiro (-7,4%) e Ceará (-6,8%).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as principais variações positivas foram: Espírito Santo (11,1%), Goiás (8,9%) e Paraná (5,0%). Já as negativas foram: Rio de Janeiro (-32,4%), Distrito Federal (-19,2%) e Rio Grande do Sul (-11,3%).
Comentários
Os indicadores de volume de serviços no Espírito Santo ainda apresentam muita volatilidade no ano de 2017, alternando entre variações positivas e negativas nas comparações mensais. No mês de agosto, especificamente, o indicador tanto para a comparação mensal quanto na anual ficou estável. Mas apesar desses “altos e baixos” é possível observar uma redução do ritmo de queda analisando o indicador acumulado em 12 meses que, numa sequência de acumulados negativos, registrou o menor nível de queda desde setembro de 2015. Isso significa dizer que números muito ruins continuam ficando para trás.
O desempenho dos serviços, em parte, reflete o comportamento dos demais setores da economia e, de certa forma, acompanha a evolução dessas atividades. O comércio capixaba tem apresentado tendência positiva desde janeiro, apesar de ainda acumular uma queda de 5,0% no ano até agosto de 2017. Já a produção industrial apresentou acumulado positivo de 3,7% nos oito primeiros meses do ano. As exportações já acumulam um crescimento de 26,11% de janeiro a agosto.
Em outra parte, também é influenciado pelos serviços prestados às famílias que, cresceu na comparação mensal (+2,8%), depois de quedas sucessivas desde outubro de 2015. Esse grupo de serviços envolve as atividades de Alojamento e alimentação, Atividades culturais, Recreação e lazer, Atividades esportivas, Serviços pessoais e de Educação, entre outras. O que se observa é que as famílias estão recuperando a disposição para a compra de produtos e serviços de forma muito gradual. Mas para alavancar esse consumo, a recuperação dos empregos e oportunidades profissionais é essencial nesse contexto.
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