Retrospectiva Pandemia Covid-19 (2020 – 2021 – 2022)
CENÁRIO COMÉRCIO 2020 e 2021– O ano de 2021 foi desafiador, mas um pouco menos que em 2020, pois já se sabia lidar um pouco melhor com a situação. – Entre as diversas situações em 2020, teve fechamento total, parcial, alternado dos estabelecimentos, entre outros modelos. – Em 2021, na segunda quinzena de março, foram novamente ampliadas as medidas restritivas para todo o Estado com duração de 14 dias (De 28/03 a 04/04). Elas restringiam setores do comércio, atividades sociais e serviços públicos. – Nessa época, medidas como não funcionamento de alguns segmentos de comércio e suspensão do transporte coletivo (metropolitano, intermunicipal, interestadual e municipal) afetaram a circulação da população capixaba e, consequentemente, a rotina dos setores do comércio de bens, serviços e turismo. VENDAS COMÉRCIO – Após o período inicial mais complicado em 2020, o comércio conseguiu reagir de forma significativa no segundo semestre e assim foi até meados de 2021. – Assim, no acumulado do ano de 2020 o comércio obteve um crescimento de quase 5% em relação a 2019 nas duas modalidades da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. – A partir do segundo semestre de 2021 notou-se uma desaceleração do crescimento das vendas do comércio. – Ainda assim, o ano de 2021 mostrou crescimento frente a 2020 de 6,8% para o comércio restrito e 13,6% para o ampliado (que inclui vendas de veículos, motocicletas, partes e peças e de material de construção), de acordo com o IBGE. – Atualmente as vendas do comércio continuam crescendo, porém em menor ritmo. A continuidade do crescimento vem precisando de outros estímulos. – Nos dois primeiros meses de 2022, as vendas do comércio apresentaram uma taxa mensal média de crescimento em torno de 2%. – Em relação ao mesmo período do ano passado, o acumulado dos dois primeiros meses de 2022 mostrou um crescimento de 8,7% no conceito restrito e de 2,6% no comércio ampliado. – A alta em relação ao ano passado deve-se em parte pela base fraca de comparação, lembrando que nos dois primeiros meses do ano em 2021 já se tinha sinais de uma nova onda de infecções de Covid-19. EMPREGOS– Os dados do Caged/MTE mostraram que, no auge da pandemia em 2020 no segundo trimestre, todo o Espírito Santo perdeu quase 20 mil empregos formais. Só no Comércio foram 8 mil. – Mas ainda em 2020 o Estado apresentou saldo positivo de 2.542 empregos formais entre admissões e demissões ao final do ano. – No ano de 2021, o acumulado de janeiro a dezembro o saldo entre admissões e demissões no Espírito Santo foi positivo em 52.548 vagas formais de trabalho. – O Comércio representou 29% de todo o emprego gerado no Estado (cerca de 15 mil). O setor de Serviços representou 43% (cerca de 23 mil). – Em janeiro e fevereiro de 2022 no Estado já foram criados 10.686 empregos formais. FECHAMENTO/ABERTURA DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS– No ano de 2021 o saldo entre aberturas e fechamentos de lojas no Espírito Santo ficou positivo em 4.047 estabelecimentos. O indicador é saldo líquido da movimentação de aberturas e fechamento de estabelecimentos comerciais formais com vínculos empregatícios. – Para efeito comparativo, no ano de 2020 houve fechamento (saldo líquido negativo) de 1.700 estabelecimentos comerciais. Historicamente não foi maior apenas dos anos de 2015 (-3.265) e 2016 (-3.005).EXPECTATIVAS PARA 2022 – Mesmo sob condições adversas, o ano de 2021 foi de avanço para boa parte dos setores produtivos. E foi assim também com o comércio do Espírito Santo que conseguiu reaver as perdas do período de pandemia. – Em 2022, o principal desafio deixa de ser questão sanitária e passa a outras questões como a inflação e consequente aumento de juros. Soma-se a isso os reflexos dos imbróglios no exterior e o ambiente político das eleições no Brasil. – A recuperação do nível de emprego tem acontecido de forma satisfatória e constante e tem ajudado a manter o consumo nesse momento, mas o cenário sugere cautela para o aumento de gastos das famílias.