Número de endividados capixabas cresce pelo terceiro mês consecutivo
Em julho, 75,8% das famílias capixabas estão endividadas. Embora o indicador aponte alta, a percepção das famílias em relação às dívidas e à capacidade de pagamento ainda está em patamares favoráveis
O número de endividados cresceu mais uma vez no Espírito Santo, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). O índice apontou um total de 75,8% de famílias endividadas em julho, indicando 80.385 em números absolutos, ante a 69,9% em junho. Na comparação anual com o mesmo período do ano passado, o percentual atingiu 57% das famílias.
Este mês, a pesquisa mostrou que 20% das pessoas entrevistadas estão com contas em atraso, diferente de junho, que registrou o percentual de 23,5%. Das famílias, 5,9% disseram que conseguirão quitar as dívidas dos últimos meses, enquanto no mês passado, o número foi maior: 11,6%.
“Embora o indicador de endividados tenha crescido, as famílias estão com uma visão mais favorável em relação às dívidas e à capacidade de pagamento, impulsionado por fatores como o crescimento moderado do crédito e o mercado de trabalho que ainda está aquecido, que permitiram as condições positivas para os indicadores de inadimplência”, explica o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.Tipo de dívida
Assim como nos últimos meses, o cartão de crédito ainda é o principal responsável pelos endividamentos, registrando74,1%. Nas famílias com até 10 salários mínimos, esse percentual atinge 74,4%, enquanto nas famílias com mais de 10 salários mínimos o indicador registra 71,9%, o que mostra um uso menor do ‘dinheiro de plástico’ pela população.
Além do cartão de crédito, destaque para o financiamento de carro e financiamento de casa, com 17,4% e 13,1% em julho ante 21,7% e 11,8% em junho, respectivamente.
Tempo de comprometimento
No tempo de comprometimento das famílias, 43,8% afirmaram estar envolvidos por mais de um ano com dívidas. Outros 10,3% disseram estar entre seis meses e um ano, 19,6% estão entre três e seis meses e 25,5% estão comprometidos há três meses. Entre as famílias com contas atrasadas, 42,5% tem atraso até 30 dias, 19,1% acima de 90 dias e 18,4% entre 30 e 90 dias.
Além desses fatores, a PEIC observa também a parcela de renda comprometida com dívidas. Neste indicador, 56,6% das famílias têm entre 11% e 50% da renda comprometida, enquanto 24,3% diz ter mais 50% da renda afetada e 17,9% aposta estar até 10% comprometido.
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