Natal tem a maior contratação de temporários em seis anos

A expectativa é de que sejam criados mais de 91 mil postos de trabalhoNo Brasil, mais de 91 mil trabalhadores temporários serão contratados neste fim de ano para atender ao aumento sazonal das vendas, a maior expectativa de contratação em seis anos. O número é 4% maior do que o registrado em 2018 (87,5 mil), e deve movimentar R$ 35,9 bilhões em 2019. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e estima que os maiores volumes de contratações deverão ocorrer nos ramos de vestuário (62,5 mil vagas) e de hiper e supermercados (12,8 mil).“Entre os segmentos do varejo, as lojas de vestuário, acessórios e calçados são, historicamente, as mais afetadas positivamente pelas vendas natalinas”, lembra o economista da Confederação Fabio Bentes, que completa. “Enquanto o faturamento do varejo cresce em média 34% na passagem de novembro para dezembro, no segmento de vestuário esse percentual costuma subir 90%”.As vagas ofertadas deverão ser preenchidas por vendedores (57 mil), operadores de caixa (13 mil) e pessoal de almoxarifado (4,6 mil). Para este ano, a taxa de efetivação dos trabalhadores temporários também deverá ser maior do que nos últimos cinco anos, com expectativa de absorção definitiva de 26,1%.José Roberto Tadros, presidente da CNC, vê com positividade este avanço. “Contribuem para a retomada parcial do nível de atividade do setor a inflação baixa, os juros básicos no piso histórico, os prazos mais amplos para a quitação de financiamentos e, principalmente, a liberação de recursos extraordinários para o consumo, como os saques no FGTS e no PIS/Pasep”, afirma o presidente.Entre os estados brasileiros, lideram as contratações São Paulo (22,6 mil), Minas Gerais (10 mil), Rio de Janeiro (9,4 mil) e Rio Grande do Sul (7,6 mil), responsáveis por mais da metade (54%) das ofertas de vagas.Vagas capixabasNo Estado, a expectativa também é positiva, estima-se que sejam criados de quatro a cinco mil empregos temporários para o fim do ano, com mais expressividade nos três últimos meses do ano. O recorte feito pela Fecomércio- ES, aponta que com o avanço da agenda das Reformas, as expectativas estão melhores e espera-se contratar mais que o ano passado. Aos poucos, comércio e serviços contribuem para o crescimento da economia capixaba.De acordo com o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, a liberação de uma parcela do FGTS também ajudará o comércio, estimulando o consumo e a quitação de dívidas que reabre o crédito para novas compras.

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