Ingresso no mercado de trabalho é cada vez mais adiado pelo jovem, que dá prioridade ao estudo
De acordo com dados de janeiro de 2014 da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE a população economicamente ativa (PEA, grupo que disputa vagas de trabalho) recuou 0,7% em relação ao primeiro bimestre de 2014, e, em termos absolutos, já acumula cinco quedas consecutivas desde outubro de 2013 na comparação anual. Por outro lado, a População em Idade Ativa (PIA), que compreende as pessoas com 10 ou mais anos de idade, vem seguindo seu ritmo “natural” de crescimento, avançando à taxa de +1,1% ao ano. Os dados do IBGE não permitem apontar diretamente a causa dessa discrepância, mas dão algumas pistas que um dos motivos é o fato de que os jovens estão se dedicando mais a estudar para só depois procurar emprego.
“Essa evolução atípica da PEA ao adiamento da entrada de jovens no mercado de trabalho, pode ser explicada pelo histórico de aumento da renda familiar nos anos anteriores a 2013, fazendo com que estes possam passar mais tempo dedicando-se exclusivamente aos estudos. E para contribuir para esse processo, temos hoje cursos mais acessíveis aos jovens, através do Senac”, destaca o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri.
Segundo dados da Rais e do Caged, entre 2011 e 2013 houve um aumento médio de aproximadamente 7,4% da população ocupada na área coberta pela PME do IBGE. Entretanto, o número de postos de trabalho recuou em quase todos os cortes de qualificação abaixo do nível médio incompleto. As vagas ocupadas por aqueles que detinham apenas o nível fundamental completo, por exemplo, caíram 10,1% entre 2010 e 2013, provocando uma redução na participação desse grupo no contingente de vagas celetistas, de 12,6% para 10,6% no período.
Por outro lado, os trabalhadores mais qualificados (aqueles com pelo menos o nível médio completo) ganharam representatividade. Em 2010, 19,2% dos trabalhadores formais tinham nível superior completo. Com o avanço de 18,3% em três anos, esse contingente responde hoje por 21,2% dos empregos celetistas.
Fonte: Dados da Divisão Econômica da CNC
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