Inflação Estável na Grande Vitória

O preço dos produtos tem aumentado nos últimos meses, de acordo com análise da Federação do Comércio do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES). É o que mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE para a Grande Vitória, que mostrou um crescimento de 0,62% nos preços dos produtos em maio. No entanto, a taxa foi a mesma verificada para abril. O percentual ficou abaixo da taxa do mesmo mês do ano de 2015, em que atingiu 0,68%. Ficou abaixo também do índice brasileiro, que foi de 0,78%. Considerando os cinco primeiros meses do ano, o índice acumula crescimento de 2,85% na Grande Vitória e 4,05% no Brasil. Considerando os últimos doze meses, a taxa apresentou um acumulado de 7,83% na Grande Vitória e 9,82% no Brasil.Na variação mensal, os grupos que apresentaram as taxas mais altas foram Saúde e Cuidados Pessoais (1,60%) e Vestuário (1,02%). Dentro do grupo de Saúde e Cuidados pessoais, os produtos de cuidados pessoais foram os que mais influenciaram a alta, como produtos para higiene bucal (5,15%) e os perfumes (2,04%). Já no vestuário, as roupas apresentaram a maior taxa, especialmente a masculina (2,72%).Para o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, as dificuldades climáticas enfrentadas pelos produtores é um dos fatores que têm encarecido a matéria prima fornecida às indústrias e estes aumentos são repassados ao consumidor. “Se o comerciante repassar todo o seu custo, o consumidor não vai ter condições de adquirir o produto. Os empresários têm vivenciado um jogo de xadrez constante, para equilibrar suas contas e conseguir escoar seus produtos”, diz.No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, os grupos que apresentaram as maiores taxas na Grande Vitória foram: Alimentação e bebidas (7,65%), Educação (6,60%) e Saúde e Cuidados Pessoais (5,66%).O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios do Espírito Santo (Sincaes), Waldês Calvi, acredita que o aumento se deva ao dólar, à estiagem e à crise econômica. “Existe uma briga interna entre o mercado interno e o mercado externo. O produtor fez negociações em dólar, porque estava muito mais vantajoso, e ainda cumpre estas obrigações. Este é um momento em que os preços deveriam baixar, mas não é isto o que vemos. Ainda tem a questão da seca no norte do Estado que afetou o plantio de feijão e a diminuição do financiamento agrícola, que faz com que o produtor diminua a área de plantio”, ressalta.NacionalPara o Brasil, os grupos com as taxas mais elevadas em maio foram Habitação (1,79%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,62%). No acumulado do ano (primeiros cinco meses), as maiores taxas também se encontram nos grupos Educação (7,29%) e Alimentação e Bebidas (6,61%).
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