Inflação e juros em alta são as principais causas da queda de 6,6% no consumo das famílias capixaba
Apesar do recuo, as famílias permanecem otimistas no fim do ano quanto ao consumo, mantendo o índice acima da linha de satisfação, segundo a ICF, divulgada pela Fecomércio
As famílias da Grande Vitória permaneceram otimistas quanto ao consumo em dezembro, mantendo o índice acima da linha de satisfação (100 pontos). Contudo, apesar da intenção moderada, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 6,6% em dezembro, marcando 122,2 pontos, de acordo com a pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).
Na comparação anual o resultado foi positivo, no mesmo período do ano anterior o indicador marcava 121 pontos. “Com a chegada das festas de fim de ano e com o décimo terceiro salário, as famílias se mantêm dispostas ao consumo. Mas, inflação alta, o aumento dos juros, o dólar elevado e o fim de medidas de estímulo ao consumo desestimulam as compras neste Natal em comparação ao mesmo período de 2012”, afirma o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.
Em relação ao emprego atual, o indicador recuou 3,7%, a insatisfação é maior entre as famílias com renda acima de 10 salários mínimos, com queda de 8,9%. O mesmo aconteceu com a perspectiva profissional, com redução de 11,1% entre as famílias com mais de 10 salários mínimos.
Quanto à renda atual, a redução também foi expressiva. Em novembro o indicador marcou 142,6 pontos, agora em dezembro ficou em 129,3 pontos, uma redução de 9,4%. Já o nível de consumo permanece abaixo da linha de otimismo (100 pontos). O indicador ficou praticamente estável em dezembro ao marcar 99,1 pontos frente a 99,2 pontos em novembro.
Crédito
Os entrevistados afirmaram que em dezembro, na comparação com mesmo período do ano anterior, está mais difícil a adesão de crédito e a compra a prazo. O indicador recuou 9,9.
Os entrevistados avaliaram ainda que este não é um bom momento para duráveis, o indicador apresentou redução de 7,9%. “As famílias estão com dificuldades na aquisição de empréstimos, além da ausência de medidas de estímulos, por isso o recuo quanto aos duráveis”, pontua Sepulcri.
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