Famílias capixabas cautelosas para o consumo
Segundo a Fecomércio-ES Índice de Intenção de Consumo cai pelo quarto mês consecutivo.
Os freios estão acionados pelas famílias capixabas na hora das compras. Seja por cautela, precaução ou para se livrar de dívidas, o intuito de consumir por parte das famílias vem caindo nos últimos quatro meses.
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio/ES), o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou queda de 4,5% de junho para julho de 2012, caindo de 125,0 pontos para 119,4 no mês atual. Apesar da retração, o indicador, acima dos 100 pontos, continua em um nível favorável de consumo. O resultado deste mês foi o menor no último ano.
Para o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri, as famílias ainda estão significantemente endividadas, por isso o cuidado com o comprometimento de novas aquisições. “Apesar da quantidade ainda relevante, o número de endividados vem caindo a cada mês no Estado, como nos últimos 12 meses, a queda na intenção das famílias em consumir também pode ser explicada pela preocupação em evitar o endividamento e quitar as dívidas”, afirma.
O presidente declara ainda que são esperadas novas medidas do governo de incentivo à indústria e ao consumo, e que a liberação de parte da devolução do imposto de renda, em agosto, também será um fator para promover as vendas. “Há, entre os empresários do comércio, um otimismo moderado e uma crença de que, apesar de todos os problemas, cresceremos uns 6% em 2012”, concluiu
Mercado de trabalho sofre retração
Todos componentes relacionados ao mercado de trabalho sofreram retração, começando pelo emprego atual que perdeu 8 pontos saindo de 132,2 em junho para 124,5 em julho. A contração na perspectiva profissional foi menor, quase 2 pontos, caindo de 118,2 no mês passado para 116,1 atualmente. Em junho a renda atual obteve 142,6 pontos e em julho 138,4.
A maioria dos subindicadores que compõe a pesquisa apresentou queda ou estabilidade. O acesso ao crédito obteve no mês de julho 137,6 pontos e no mês anterior 150,1. O nível de consumo se manteve estável apresentando nos dois meses 103,6 pontos. A perspectiva de consumo foi o único componente que avançou moderadamente, de 95,4 pontos em junho para 96,2 em julho.
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