O Espírito Santo encerrou fevereiro com um saldo positivo de 6.274 empregos formais, um crescimento de 31,6% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), analisados pelo Connect Fecomércio-ES. O resultado reforça a recuperação do mercado de trabalho capixaba, impulsionada principalmente pelos setores de Serviços e Comércio, que juntos responderam por 78,1% das novas vagas.
“O desempenho de fevereiro reflete a resiliência da economia capixaba, especialmente nos setores de Serviços e Comércio, que retomaram o ritmo de contratações após um janeiro mais contido”, destacou a coordenadora de pesquisa do Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio.
Desempenho por setor
O setor de Serviços foi o maior responsável pela geração de empregos, com 4.234 novas vagas (67,5% do total). Destaque para os segmentos de Educação (+1.066), Transporte (+1.344) e Alojamento e Alimentação (+910), este último influenciado pelo período do Carnaval. Já o Comércio, que havia fechado vagas em 2024, registrou saldo positivo de 669 empregos, com crescimento expressivo no atacadista (+672), impulsionado pelo programa Compete-ES – uma iniciativa do Governo do Estado que oferece incentivos fiscais para tornar o Espírito Santo mais competitivo, especialmente na atração e manutenção de empresas do setor atacadista
Os demais setores também contribuíram:
- Agropecuária: +563 vagas
- Construção Civil: +477 vagas
- Indústria: +331 vagas
Destaque para o interior
Apesar de Serra (+1.064) e Vila Velha (+641) liderarem o ranking de geração de empregos, 61% das vagas (3.842 postos) foram criadas em cidades do interior, como Linhares (+692), Cachoeiro de Itapemirim (+454) e Itapemirim (+371). “Isso mostra uma descentralização econômica importante, com o interior absorvendo oportunidades e reduzindo a pressão sobre a Grande Vitória”, afirmou Ana Carolina.
Escolaridade e informalidade
A qualificação profissional segue como desafio: 75% dos empregos formais são ocupados por pessoas com Ensino Médio completo ou superior. A taxa de informalidade no estado é de 38,3%, mas chega a 59,2% entre trabalhadores sem Ensino Médio, reforçando a necessidade de políticas públicas para capacitação.
Perspectivas
Apesar dos bons resultados, o saldo acumulado no bimestre (jan-fev/2025) ainda está 16% abaixo do registrado em 2024, reflexo de um janeiro mais fraco. No entanto, o desempenho de fevereiro sinaliza aquecimento do mercado, com potencial para manter a trajetória positiva nos próximos meses.
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Autor: Thalis Manhães – Produtor de Conteúdo do Connect Fecomércio-ES