Empresários do comércio menos otimistas no fim de ano

O indicador que mede a confiança do empresário da Grande Vitória recuou 2% em dezembro. As fortes chuvas e a greve dos rodoviários contribuíram para o resultado.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) atingiu em dezembro, 114,2 pontos, referente a um recuo de 2,0% em relação a novembro, segundo pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES). O resultado negativo foi impulsionado pelo Índice de Condições Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que apresentou 143,3 pontos, uma queda de 6,3% em relação ao mês anterior.

Apesar da inclinação no indicador, o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio, que avalia a situação atual do empresário apresentou avanço de 1,7%, principalmente em relação às Condições Atuais do Comércio, que subiu 5,1% em relação a novembro, o que mostra um leve otimismo do empresário.

Para o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, o resultado mostra que as expectativas dos empresários seguem em desgaste. “Com o cenário de inadimplência, o consumidor deve destinar a remuneração extra de fim de ano, como o 13º salário, para quitar as dívidas adquiridas anteriormente. Mesmo assim, projetamos um final de ano favorável para o comércio”.

Em meio a um ano tumultuado, a previsão era de buscar compensar os prejuízos do ano nesta época de dezembro. Em função das fortes chuvas que atingem todo o Estado e a greve dos rodoviários, o comércio sofreu ainda mais, o que contribuiu para deixar os empresários menos otimistas neste final de ano, revela o presidente José Lino.

Grupo de atividade e porte

Na comparação pelo porte das empresas, os empresários que mostraram melhores expectativas foram os das empresas que possuem menor número de funcionários. Entre as empresas com até 50 empregados, o índice de confiança do empresário apresentou saldo mais negativo, com -2,4, já nas empresas com mais de 50 empregados, a queda foi de -6,4%. No indicador de investimentos, as empresas maiores aumentaram em 4,5% este índice, enquanto as empresas menores reduziram -0,2%.

Outro fator que a pesquisa estuda é a avaliação do grupo de atividades das empresas, que apresentou queda em dezembro. O grupo de duráveis registrou queda de 2%, enquanto o grupo de não duráveis apresentou queda de 6,4%. O grupo de atividade de semi-duráveis foi o único que não registrou queda e se manteve estagnado.

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