Comércio e serviços criam mais de 60% dos empregos no estado em setembro

O
mercado de trabalho formal do Espírito Santo criou 7.947 postos de trabalho em
setembro. E os grandes responsáveis foram os setores de comércio e serviços,
que abriram 60% dessas vagas.

O
saldo positivo entre admissões e demissões foi o segundo maior deste ano,
segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 3.236
empregos em serviços e 2.046 no comércio capixaba, totalizando 5.282 vagas,
segundo os dados compilados pela Gerência de Projetos da Federação do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).

A
instituição avalia que o resultado reflete o aquecimento do mercado de trabalho
capixaba para as festividades de final de ano. Neste ano, a Copa do Mundo de
Futebol, que começa no fim de novembro, também contribui para movimentar toda a
cadeia de comércio e serviços.

Conforme
esperado, as contratações permaneceram em ritmo forte e, por outro lado, houve forte
recuo nas demissões. O segundo semestre, tradicionalmente, costuma ser mais
positivo que o primeiro.

Em
setembro foram criados 30% mais empregos no Espírito Santo em comparação ao mesmo
mês de 2021. Especificamente, nos setores de comércio e serviços, que se
destacaram na geração de empregos no mês, essa variação é cerca de 40% maior
que no ano passado. Os números são animadores e refletem o otimismo de
empresários e consumidores para os próximos meses.

No
mês de agosto as admissões deram um salto de 15% em relação ao mês anterior. Com
o resultado de setembro, em nove meses deste ano o Espírito Santo registrou a
criação (saldo líquido entre admissões e demissões) de 44.937 postos de
trabalho com carteira assinada.

Resultados por município

Os
resultados por município mostram que Serra (+2.206) e Aracruz (+1.167) foram os
que mais contribuíram com a criação de postos de trabalho formais em setembro,
em termos absolutos. Dos 78 municípios capixabas 60 geraram empregos no mês.

Brasil

O
Brasil avançou em 278.085 empregos formais no mês de setembro de 2022. Os
destaques também foram os setores de serviços (+122.562) e comércio (+57.974).
Com isso, o país acumulou em nove meses deste ano a geração de 2.147.600 postos
de trabalho formais.

Síntese dos resultados*
no Espírito Santo

SETORES

Julho

Agosto

Setembro

Acumulado
no ano

Estoque

Saldo

Saldo

Admissões

Demissões

Saldo

Jan a Set

Set.

Comércio

+458

+1.000

+10.872

-8.826

+2.046

+5.223

+208.427

Serviços

+1.206

+2.440

+15.966

-12.730

+3.236

+24.126

+371.023

Indústria

+387

+1.473

+7.185

-6.211

+974

+8.092

+147.910

Construção Civil

+464

+604

+5.394

-3.611

+1.783

+6.454

+59.025

Agropecuária

-2.615

-1.071

+1.482

-1.574

-92

+1.042

+32.354

Total

-100

-73

+40.899

-32.952

+7.947

+44.937

+818.739

Fonte: CAGED/MTP. Elaboração: Gerência de Projetos Fecomércio-ES.
*Dados atualizados em OUT/22.

PNAD trimestral

No
segundo trimestre (abr-mai-jun) de 2022 o desemprego no Espírito Santo, medido
pela taxa de desocupação, recuou para 8,0% o que corresponde a 174 mil
capixabas desocupados. O resultado ficou 1,2 pontos percentuais (p.p.) abaixo
da taxa estimada para o trimestre anterior (9,2%) e 3,6 p.p. abaixo da
registrada para o mesmo trimestre em 2021 (11,6%).

A
taxa brasileira (divulgada mensalmente) para o trimestre julho-agosto-setembro caiu
para 8,7% no trimestre encerrado em setembro.

A
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-IBGE) considera todos os
tipos de ocupação, nos mercados formal e informal, além de empresários e funcionários
públicos. Para as unidades da federação, apresenta dados trimestrais e
considera as pessoas com 14 anos ou mais que não trabalhavam na semana em que a
pesquisa foi feita, que tomaram alguma providência para conseguir trabalho no
período de 30 dias e que estavam disponíveis para assumir.


as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED-MTP)
refletem números mensais do registro de admissões, dispensas e transferências
de trabalhadores com contrato de trabalho regido pela CLT, que as empresas
declaram mensalmente.

Por Dayane Freitas

Foto: Getty Images

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