Vendas no varejo capixaba ampliado cresceram 10,6% em janeiro de 2018 em relação ao mesmo mês em 2017Resultados Janeiro 2018
Varejo Restrito. No primeiro mês do ano as vendas do comércio do Espírito Santo, na modalidade restrita, apresentaram queda de 2,9% tanto na comparação com o mês anterior (dezembro de 2017) quanto na comparação com o mesmo mês do ano passado (janeiro de 2017). O acumulado em 12 meses ficou negativo em 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, para efeito comparativo, esse indicador em 2017 frente ao mesmo período em 2016 apresentou um acumulado negativo de 10,6%.
Varejo Ampliado. Já no conceito de comércio ampliado, que inclui os resultados das vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o desempenho em janeiro foi positivo, com alta de 10,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado (janeiro de 2017). O indicador dos últimos doze meses, também positivo, mostrou um crescimento de 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Desempenho por atividades. Dos 10 segmentos avaliados, destacaram-se positivamente em janeiro de 2018 frente a janeiro de 2017 os segmentos de Veículos, motocicletas, partes e peças (+42,2%) e de Móveis e eletrodomésticos (+21,4%). Por outro lado os segmentos de Tecidos, vestuário e calçados (-17,0%) e Materiais de Construção (-8,4%) se destacaram negativamente.
Brasil
No Brasil, o comércio varejista restrito apresentou crescimento de 0,9% em janeiro de 2018 na comparação com dezembro e, em relação a janeiro de 2017, cresceu 3,2%. Já no varejo ampliado mostrou avanço de 6,5% frente ao mesmo mês do ano passado.
Estados Brasileiros. Na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, as vendas no comércio varejista (restrito) avançaram em 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Roraima (+8,6%), Amapá (+8,4%) e Rio Grande do Norte (+7,6%). Por outro lado, Espírito Santo (-2,9%) e Goiás (-2,1%) mostraram os maiores recuos. Dessa forma, no ranking das Unidades de federação o Espírito Santo apareceu em 27º lugar.
Frente a janeiro de 2017 o crescimento das vendas também apareceu em 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque positivo para Rondônia (18,2%), Santa Catarina (15,5%) e Roraima (14,5%). Por outro lado, Goiás (-9,2%) obteve a taxa negativa mais elevada. Nessa comparação, entre os estados brasileiros, o Espírito Santo apareceu em 24º lugar (-2,9%).
Comentários
As vendas do comércio capixaba restrito ainda não conseguiram reverter para uma tendência positiva consistente, no entanto, os números negativos são cada vez menores. No acumulado em 12 meses, o resultado registrado para janeiro de 2018 foi o melhor dos últimos 33 meses, ou seja, desde abril de 2015 o acumulado não ficava nesse patamar. Isso significa dizer que os números ruins estão ficando para trás. Já no varejo ampliado, que inclui mais dois segmentos do comércio no cálculo, o cenário foi de avanço puxado mais uma vez pelo setor de veículos, motos e peças.
De maneira geral, o fechamento das vendas em 2017 foi negativo, mas já foi melhor que nos dois anos anteriores e a perspectiva para 2018 é de crescimento. Com um cenário econômico mais favorável, foi possível avançar, mostrando que a atividade se encontra em processo de recuperação, embora de forma muito gradual.
Na análise da Fecomércio-ES é esperado que em 2018 esse processo ganhe mais ritmo de forma a recuperar cada vez mais as perdas acumuladas. Os níveis atuais de inflação e juros, historicamente baixos, poderão auxiliar na reação do setor. O mercado de trabalho também apresentou resultados positivos no primeiro mês do ano no Estado, o que cria um ambiente de boas expectativas para os próximos meses, já que o grande desafio para a retomada do consumo continua sendo a recuperação dos empregos.
Nota Técnica
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) é disponibilizada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A PMC tem por objetivo produzir indicadores que permitam acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no País e nas Unidades da Federação, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. A presente análise dos dados do Espírito Santo é realizada pela Assessoria Econômica da Fecomércio-ES.
