Classe média ascende mais uma vez

Com renda
familiar entre R$ 2,2 mil e R$ 7 mil, a classe B deve ser a próxima a liderar o
consumo no Brasil, ultrapassando a classe C segundo
um estudo
da Pyxis Ibope Inteligência, nos próximos três anos. Após a ascensão das
classes D e E para a C, é a vez da classe C migrar para a B. A previsão é que nos
próximos três anos, a nova classe B, deverá ser o estrato social com maior
percentual de consumo, com 15,1 milhões de domicílios e
R$ 753 bilhões para
gastar.

A avaliação do presidente da Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio/ES)
, José Lino Sepulcri,
sobre a pesquisa, relata que após a classe C ter atingido
o ápice de importância no mercado
consumidor, a explosão do consumo da classe B já começou e pode ser vista. “Isso
é fruto do forte crescimento econômico do Brasil nos últimos anos e do aumento
do trabalho formal e do crédito”, diz.

Sepulcri reforça ainda: “Com a
melhoria da renda média na classe B, o perfil de consumo tende a se refinar, e
ganham espaços gastos como educação, alimentação fora de casa, transporte,
higiene e assistência à saúde”.

Apesar de liderar o ranking das
classes com maior potencial de consumo em 2015, a classe B deverá representar
uma fatia bem menor de domicílios (27,8%) comparada com a classe C (52% ou 28,2
milhões). Segundo a pesquisa, a maior parte (60%) do aumento do número de
domicílios de classe B, de 3,1 milhões entre 2010 e 2015, se dará por ascensão
social e o restante por crescimento vegetativo.

Ascensão da classe B não é surpresa

O presidente do Sindicato dos
Corretores de Café do Espírito Santo, Marcus Mendes de Magalhães, está otimista
com a chegada da classe B ao topo do consumo e acredita que “com o progresso em
que o Brasil se encontra essa ascensão não é surpresa”. Marcus também garante que
o setor já está se adaptando para a nova realidade. “Estamos estruturando
estratégias de longo e médio prazo para já estarmos preparados para quando o
aumento do consumo acontecer, e assim vamos poder atender esta demanda
crescente”, diz.

Também vê com bons olhos o boom
da classe B, o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Vila Velha,
Hélcio Rezende Dias. “O consumo prosseguirá com um futuro muito brilhante com a
nova classe líder de consumo”, constata. O presidente acredita que o aumento do
emprego e a fase de melhores condições de vida que o país está proporcionando
serão cruciais para essa elevação da classe média.

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