Posicionamento do Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac sobre a nova tarifa dos EUA aos produtos brasileiros

O Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac vê com preocupação os desdobramentos da medida anunciada nesta quarta-feira (30) pelo governo dos Estados Unidos, que oficializa uma tarifa adicional de 50% sobre os produtos brasileiros. Embora a lista de exceções divulgada amenize parte dos impactos, a taxação atinge setores fundamentais da economia capixaba e nacional, com consequências diretas para o comércio de bens, serviços e turismo.

Apesar de produtos estratégicos como suco de laranja, minérios, celulose, ferro, aço, petróleo e aeronaves terem sido poupados da tarifa extra, segmentos importantes como o de carnes, café, material de construção, geradores elétricos, especiarias e cacau – com presença na pauta de exportações capixaba – continuam sujeitos à tributação, o que prejudica a competitividade internacional de empresas brasileiras e afeta o faturamento do setor produtivo.

Para o Espírito Santo, que tem nos Estados Unidos seu principal parceiro no comércio exterior, o impacto pode ser significativo. As exportações para o país norte-americano movimentaram mais de US$ 1,6 bilhão no primeiro semestre de 2025, com destaque para produtos industrializados, petróleo e café.

A taxação deve afetar a cadeia de suprimentos, a receita de empresas exportadoras e a geração de empregos. Também pode comprometer o dinamismo do setor de serviços, que sofre impactos sempre que há retração na atividade industrial e comercial. O turismo de negócios, por sua vez, pode ser impactado por eventuais desacelerações no fluxo internacional e nas trocas comerciais.

O Sistema Fecomércio-ES reforça que é fundamental manter o diálogo entre o setor privado e os representantes do governo brasileiro para buscar soluções diplomáticas que revertam ou ao menos mitiguem os efeitos da medida. Ao mesmo tempo, o momento exige articulação e estratégias de diversificação comercial, para que o Espírito Santo e o Brasil possam ampliar suas relações com outros mercados estratégicos e reduzir a dependência de um único destino de exportação.

Texto por: C2 Press

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