Intenção de Consumo das Famílias na capital recua

O período de crise econômica por qual passa o país tem refletido no ritmo de compras das famílias em Vitória. Em julho, a intenção de consumo das famílias recuou 0,7%, em relação a junho, registrando 62,8 pontos, segundo dados da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o recuo foi de 14%.

O ICF para famílias com renda abaixo de dez salários mínimos se manteve estável com variação de 0,2%. Na comparação mensal, o índice atingiu 57,6 pontos em junho e subiu para 57,7 pontos neste mês. Em contrapartida, as famílias com renda acima de 10 salários mínimos apresentaram queda na intenção de consumo de 100,5 pontos em junho ante 96,5 pontos em julho, totalizando uma retração de 4% na intenção de consumo.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Linhares, Ilson Pessoa, afirma que este cenário se confirma pela redução de gastos das classes com renda de até 10 salários mínimos. “Essas pessoas, por conta da crise, procuram economizar mais para conseguirem manter a qualidade de vida, dispensando o consumo de itens considerados supérfluos e adquirindo apenas o necessário”, diz. Já em relação às famílias que ganham mais de 10 salários mínimos, o presidente acredita que a redução do é resultado da incerteza sobre o mercado nos próximos meses.

Emprego

Os indicadores revelam que a segurança enquanto ao emprego melhorou em julho comparado a junho. Ao todo, 29,7% das famílias se sentiam menos seguras sobre seus empregos no mês anterior, em julho este número caiu para 25,2%. Em contrapartida, a avaliação sobre a perspectiva de melhora profissional nos próximos meses sofreu queda de -7,7% (de 68,6 para 63,4 pontos).

Consumo

O consumo na capital recuou 16,4% este mês em relação a junho e 55% em comparação a julho do ano passado. Nesse contexto, 78,4% dos capixabas alegam estarem comprando menos que em 2015. O indicador que mede o acesso ao crédito para compras a prazo apresentou crescimento de 3,6% em relação ao mês anterior e na comparação anual, 4,1%.

O vice-presidente da Fecomércio-ES, João Elvécio Faé, enfatiza que um conjunto de fatores contribui para que as famílias capixabas ponham o pé no freio. “O alto endividamento das famílias e o desemprego acabam influenciando no consumo, que segue cauteloso, dificultando a retomada das compras”, afirma.

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