Intenção de Consumo das Famílias de Vitória cresce 4,3% em agosto

Elaboração: Assessoria Econômica Fecomércio-ES

Mesmo apresentando um crescimento de 4,3% em relação a julho, a ICF permanece em patamar de insatisfação no mês de agosto

Após cinco quedas seguidas a intenção de consumo das famílias de Vitória reagiu em agosto, apresentando um crescimento de 4,3% em relação a julho e atingiu 39,6 pontos, como mostra a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no município, divulgada pela Fecomércio-ES. Na comparação anual, o indicador ainda apresentou recuo, de 32,2%.

Mesmo com o crescimento a intenção de consumo permanece no patamar de insatisfação (abaixo de 100 pontos), nível em que se encontra desde março de 2015. A ICF varia de 0 a 200 pontos, na qual 0 significa insatisfação total e 200 satisfação total em consumir.

Dos sete componentes do índice, cinco apresentaram variações positivas no mês de agosto em relação ao mês anterior. As que apresentaram variação negativa foram a avaliação sobre o Emprego Atual, que caiu 3,1% e voltou ao patamar de insatisfação. Outro componente que variou negativamente foi o de Perspectivas Profissionais, que se encontra no menor nível em pontos (13,3 pontos) da pesquisa e caiu 19,8% em relação ao mês anterior.

Emprego

No mês de agosto, o componente Emprego Atual registrou queda de 3,1% em relação ao mês anterior e, apesar de voltar ao nível de insatisfação, é o que possui a melhor avaliação entre os componentes pesquisados, com 98,5 pontos.

Já o componente das Perspectivas Profissionais é o que possui o mais baixo valor (13,3 pontos). Esse indicador mostra a avaliação sobre expectativa de melhoria profissional nos próximos meses e registrou recuo de 19,8% em agosto em relação a julho. Em relação ao ano passado a queda chega a 72,0%.

Consumo

Os componentes relativos ao consumo apresentaram crescimento na passagem de julho para agosto, mas continuam em níveis muito baixos. O Nível de Consumo Atual avançou 1,9%, marcando 15,1 pontos. Nesse item as famílias fazem uma reflexão sobre seu consumo no tempo, avaliando se estão comprando mais ou menos atualmente quando comparado ao ano passado.

A avaliação sobre as Perspectivas de Consumo para os próximos meses foi na mesma direção, com avanço de 11,6%, registrando 17,9 pontos. Mesmo com o crescimento, esse componente também se encontra em um nível bem baixo. Nesse item as famílias conjecturam sobre o consumo para os próximos meses avaliando se será maior ou menor.

Renda e crédito

A avaliação da Renda Atual cresceu 11,4% em relação ao mês anterior chegando a 50,4 pontos. As Compras a Prazo, na qual avaliam sobre o acesso ao crédito em relação ao ano passado, também cresceram na ordem de 16,7% na comparação mensal e a avaliação para compra de duráveis, itens mais dependentes de crédito, também teve variação positiva, 11,2%.

Brasil

A ICF apurada para o Brasil se manteve estável em agosto na comparação com julho, registrando 77,3 pontos. Já na comparação anual obteve incremento de 11,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Comentários

Apesar do avanço do indicador de intenção de consumo em agosto, a disposição das famílias de Vitória em consumir segue baixa. No menor nível histórico, iniciado em 2010, o índice continua sendo influenciado mais fortemente pelo impacto negativo da falta de perspectivas de melhoria profissional.

O pequeno crescimento de agosto foi pautado, especialmente, na melhoria da avaliação dos componentes de renda e crédito, o que aumentou também a avaliação das perspectivas de consumo. Mesmo assim, todos esses itens continuam em patamares muito baixos.

Nesse cenário, a perda dos empregos e a falta de confiança são os principais fatores que interferem na disposição ao consumo. Enquanto o ambiente não for melhor para a atividade econômica, se traduzindo em aumento de empregos e oportunidades, muito provavelmente as famílias permanecerão prudentes para o consumo.

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