Endividamento aumenta 0,9% em outubro, constata a Fecomércio-ES

Apesar do aumento no endividamento, o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas recuou

Com a chegada do final do ano e das liquidações nas lojas, os consumidores intensificam o consumo, e passam a ter algum tipo de dívida. Diante disso, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de outubro, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), totalizou em Vitória 71.766 endividados; registrando 67,6% frente aos 59,2% de setembro, um aumento de 0,9%. .No entanto, o número de inadimplentes retrocedeu 0,3% em relação ao mês passado: 23% dos capixabas estão com alguma conta atrasada (24.454). O mesmo sucedeu quanto aos consumidores que se dizem sem condições de quitar as dívidas: 5,8% (6.109), ou seja, 1,8% a menos se comparado a setembro. As dívidas são referentes ao uso de cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestações de carro e de seguros.Do total de endividados, 34,1% se consideram com poucas dívidas. O número reflete, de certa forma, no uso do cartão de crédito, que neste mês, concentra 78,2% das dívidas, e em setembro, o mantinha 81,3% delas. Os carnês de lojas e financiamento de carro concentram 11% e 10,1% das dívidas das famílias, respectivamente.Para o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, o uso do crédito sempre será mais vantajoso aos olhos do consumidor na hora das compras. “As famílias acreditam num fácil acesso ao crédito/empréstimo, o que incentiva o seu uso, principalmente por parte de famílias com renda mensal até 10 salários mínimos. Para elas, é como um escape para administrar as despesas fixas, aquelas que chegam todo mês e não podem esperar, e bancar as compras eventuais”, avalia o presidente.DívidasQuanto à condição de pagamento da dívida em atraso, 40,8% das famílias disseram que conseguirão pagar parte da dívida no próximo mês, enquanto 23,8% poderão quitá-las completamente e 25% não poderão. No mês passado, apenas 16% poderiam pagar completamente, 39,2% parcialmente e 32,5% acumulariam as dívidas para o próximo mês.No entanto, 23% das famílias estão com contas em atraso. Dos endividados, 45,4% possuem dívidas acumuladas há mais de 90 dias (no mês anterior, eram 46,9%), 20,1% entre 30 e 60 dias e 33,3% até 30 dias. No comprometimento com as dívidas, 28,7% possuem até 10% da renda comprometida, 45,4% de 11% a 50%, e 23,9% com mais de 50% da renda

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