Consumo das Famílias Retrai na Capital

Em março, o índice voltou a retroceder após quatro meses em alta, atingindo 68,2 pontosO consumo das famílias segue retraído. Em março, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Vitória, divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), recuou 2,1 pontos, chegando aos 68,2 pontos ante 70,3% em fevereiro. O presidente da entidade, José Lino Sepulcri, aposta que a irregularidade no índice será a tônica para o decorrer do ano, em função das crises política e econômica. “Há alguns anos sofremos com estes dois fatores, que causam instabilidade profissional e financeira, impossibilitando o consumo. Enquanto não resolvermos estas pendências, nossos índices continuarão oscilantes, dependendo de sazonalidades para obter resultados satisfatórios”, pondera.A situação do emprego está igual a do mesmo período do ano passado para 30,9%, enquanto 29,5% se sentem mais seguros e 20,8% menos seguros. Em relação ao mercado de trabalho, as famílias seguem com menos otimismo, sendo que 59,5% não possuem perspectiva profissional para os próximos seis meses, enquanto outros 37,4% acreditam em melhoria.Na situação da renda, 43,5% consideram a atual situação pior que a do ano passado e para 36,6% continua a mesma. O acesso ao crédito está igual ao ano passado para 37,1%, mais difícil para 31,7% e mais fácil para 25,7% dos entrevistados.Se a intenção de consumir caiu, o recuo do consumo real confirmou a tendência, já que 70,6% dos entrevistados disseram estar consumindo menos do que em 2015 – 10,6% declararam estar comprando mais. A perspectiva de consumo também não é nada animadora, pois 67% dos moradores da capital capixaba acredita que consumirão menos nos próximos meses.Momento para consumo de bens duráveisO momento é mau para o consumo de bens duráveis para 73,8% dos entrevistados – destes, 79,1% recebem menos do que dez salários mínimos, enquanto 11,3% consideram o atual momento propício ao consumo de produtos deste tipo – 25,9% destes recebem mais do dez salários mínimos.Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Aracruz, Aderbauer Ruy Pedroni, a queda no consumo também se reflete no município. “É possível perceber que houve uma queda acentuada na intenção de consumo. O consumidor não tem segurança e isto impacta o empresário na hora de investir. É uma cadeia”, diz. Quanto ao futuro, Pedroni acredita que a volta da intenção de consumir depende dos próximos passos políticos e econômicos a serem tomados. “O mercado e os consumidores dançam conforme a música. É impossível prever, mas esperemos que as coisas mudem para melhor”, afirma.Acesse aqui a pesquisa econômica ICF, na íntegra.

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