Comércio e serviços fecham 1.863 postos de trabalho formais em agosto no ES

No ES, o saldo líquido negativo é 11% maior que o registrado em julho

Em agosto, o setor de comércio registrou saldo negativo de 820 postos de trabalho e serviço ficou entre os segmentos que mais fecharam postos de trabalho, totalizando 1.043, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho (MTE). O saldo contemplando todas as atividades produtivas foi negativo em 4.862 postos de trabalho formais. O resultado negativo em agosto foi 11% maior que em julho e foi influenciado, principalmente, pelo setor da Agropecuária que registrou saldo negativo de 1.454 postos de trabalho no mês.

No mês de agosto, na avaliação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), o resultado foi mais influenciado pela diminuição do número de admissões que pelo aumento das demissões, quando comparado ao mês de julho. Nos primeiros oito meses do ano, no Espírito Santo, o número de demissões superou o número de admissões, acumulando uma perda de 24.737 postos de trabalho formais. Desses, os setores de comércio e serviços foram os que mais sofreram baixas no acumulado (9.175 e 8.691, respectivamente).

O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios do Espírito Santo, Waldês Calvi, afirma que o comerciante ainda vem enfrentando dificuldades em função da crise econômica. “Estabelecimentos como supermercados e padarias, uma alternativa que vem sendo utilizada para evitar as demissões é cortar gastos em investimentos, a partir de substituições de mercadorias com preços mais acessíveis, descontos e outras promoções para atrair o consumidor”, completa.

Municípios

Dos 78 municípios do Estado, 52 registraram fechamento de empregos. Os que mais se destacaram foram: Vila Velha (-849), Vitória (-532) e Aracruz (-494). Já os municípios que mais criaram postos de trabalho foram São Gabriel da Palha (+42), Santa Maria de Jetibá (+33) e Irupi (+19).

Para o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, desde o início deste ano, o setor produtivo além de passar a demitir mais, colocou o pé no freio nas admissões. “O empresário ainda passa por um momento de reavaliação de seus investimentos e a expectativa é que, a partir das definições da política e da economia e com a proximidade das festividades de final de ano a contratação de funcionários comece a se recuperar”, diz.

País

No Brasil, o saldo negativo em agosto foi de 33.953 postos de trabalho formais, ante o fechamento de 94.724 postos de trabalho em julho. No mês de agosto, 13 estados mostraram saldos positivos, quando no mês de julho foram apenas cinco estados. O Espírito Santo se encontra entre os que registraram saldo negativo e obteve o terceiro pior saldo no mês.

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