Capixabas mais endividados em abril, constata Fecomércio-ES
Após dois meses consecutivos de queda, o nível de endividamento cresceu, atingindo 45,2% dos capixabasOs capixabas estão mais endividados em abril. Reflexo disso é o nível de endividamento que registrou um aumento, após dois meses consecutivos de queda, passando de 43,8% em março para 45,2% em abril, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve redução, passandoSegundo a pesquisa, há mais capixabas com dívidas na faixa de rendimento de até 10 salários mínimos, com 48,7%, enquanto entre os consumidores que ganham acima de 10 salários mínimos, o percentual atinge 22,5%. “A alto custo de crédito levou as famílias a terem uma postura mais cautelosa, e os juros mais altos e ganhos de renda modestos levam a condições menos favoráveis para o endividamento”, destacou o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.No tipo de dívida, o cartão de crédito permanece como o grande vilão entre os capixabas endividados, o que revela a preferência do consumidor pelo ‘dinheiro de plástico’. Cerca de 82% das famílias afirmam possuir dívidas no cartão, seguido de carnês (11,8%), crédito pessoal (8,1%) e financiamento de carro (6,3%).Em abril, aumentou o número de famílias que não conseguirão pagar as dívidas em atraso no próximo mês, passando de 10% em março para neste mês 10,4%. Já os capixabas que possuem algum tipo de dívida em atraso teve uma queda, registrando 21,6%, ante 23% em março.Perfil da dívidaO tempo de comprometimento das famílias com dívidas variou. Em abril, 27,1% afirmam estar comprometidos até três meses com dívidas, 18,3% entre três e seis meses, 15,7% entre seis meses e um ano e 33,6% por mais de um ano.A parcela dos capixabas que comprometeu menos de 10% da renda familiar é de 28,8%. Entre 11% e 50% de comprometimento da renda mensal foi de 46,5% dos capixabas, e 20,2% comprometeram mais de 50%. Segundo os especialistas, o comprometimento com as dívidas não deve ultrapassar 30% da renda familiar.