Capixabas estão mais dispostos às compras, constata Fecomércio-ES

As famílias estão mais dispostas para gastar em abril, segundo pesquisa da Fecomércio-ES. Porém, o índice que mede o consumo das famílias apresentou retração.

As famílias da capital estão comprando mais em abril, em relação a março. Cerca de 28,5% dos entrevistados afirmaram que estão gastando mais, enquanto no mês anterior a proporção era de 26,4%. Esse percentual de crescimento se mantém com as famílias com renda superior a dez salários mínimos, em que 30,7% afirmaram isso em abril, frente a 22,8% em março; e as com renda inferior a dez salários mínimos, com 28,4% das afirmações ante a 27% no mês passado.

Além do índice de consumo atual, outro indicador também registrou aumento em abril: a perspectiva de consumo. Neste mês o índice apresentou crescimento de 97,3 pontos, enquanto em março registrou 93,6 pontos, mostrando que as famílias estão mais dispostas ao consumo.

Embora as famílias estejam dispostas a comprar mais, o índice geral da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-ES) apresentou retração em abril, registrando 111,2 pontos, frente a 115,1 pontos em março. Apesar da leva retração, o índice permanece acima dos 100 pontos que registra boa disposição para o consumo.

De acordo com o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, a tendência de queda, em relação ao consumo, está relacionado ao nível de renda e de endividamento das famílias. “Mesmo com medidas de incentivo por parte do Governo, como a redução das taxas de juros, para incentivar o consumo, as famílias estão preferindo arcar com seus compromissos, de forma que não comprometa o orçamento familiar. Por outro lado, os números também revelam perspectiva de melhora com o consumo para os próximos meses, principalmente para as famílias com renda superior a dez salários mínimos”, esclarece.

Indicadores

Os indicadores referentes à renda atual, ao acesso a crédito, momento para duráveis, satisfação com o emprego atual e a avaliação da perspectiva atual também registraram retração em abril.

Em março, o índice de satisfação com a renda atual marcou 137,9 pontos, passando para 136,7 pontos em abril. Já o indicador de acesso ao crédito passou de 137,8 pontos em março para 136,3 pontos em abril. O mesmo aconteceu com a avaliação para o momento de compras para duráveis que marcou 82,5 pontos em março, passando para 73,4 em abril.

Outro índice que registrou queda foi o de satisfação com o emprego atual que foi de 129,4 pontos em março para 122,2 no ano passado. O mesmo aconteceu na avaliação da perspectiva profissional, que registrou 130,4 pontos no mês passado, caindo este mês para 119,3 pontos.

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