Vendas do comércio capixaba registram alta de 3,7% em relação ao mesmo mês do ano passado

No mês de outubro, as vendas do comércio capixaba mantiveram a variação positiva em relação ao mês anterior. Mesmo mostrando um pequeno crescimento de 0,2% nas vendas de outubro em relação a setembro, o número foi importante para a manutenção da tendência positiva iniciada em setembro na série com ajuste sazonal, como mostra a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o desempenho das vendas apresentou um avanço maior, de 3,7% frente a outubro de 2016.

Com esse resultado, o volume de vendas no comércio varejista diminuiu o acumulado negativo no ano para uma queda de 2,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Desde 2015 o indicador acumulado no ano apresenta variações negativas, mas o registrado em outubro é o menor em 30 meses. Já no indicador dos últimos doze meses o comércio capixaba mostrou uma queda acumulada de 3,6%, sendo o menor acumulado desde agosto de 2015.

Desempenho por atividades

Na comparação entre outubro de 2017 e outubro de 2016, seis dos dez segmentos pesquisados apresentaram variação positiva, destacando-se Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação com crescimento de 50,0% em relação ao mesmo mês do ano passado. Outros segmentos que tiveram altas significativas nessa comparação foram: Veículos, motocicletas, partes e peças com variação positiva de 48,2% e Móveis e Eletrodomésticos 40,6% (com destaque para o segmento de Móveis que cresceu 58,7%).

Observa-se que os segmentos que apresentaram os crescimentos mais significativos foram os que tiveram os maiores recuos no passado e reflete o atendimento a uma demanda reprimida por esses produtos.

Já a maior queda ainda foi registrada pelo segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que mostrou uma queda de 9,2% em relação a setembro do ano passado.

Os segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e materiais de construção incorporam o comércio varejista ampliado que, em outubro de 2017, apresentou crescimento conjunto de 17,1% contra o mesmo mês do ano anterior, puxado pelo crescimento das vendas de veículos.

Brasil

No Brasil, o comércio varejista restrito apresentou queda de 0,9% em outubro na comparação com setembro. Mas em relação ao mesmo mês do ano passado cresceu 2,5%. No acumulado do ano obteve uma variação positiva de 1,4% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Já no varejo ampliado mostrou avanço de 7,5% frente ao mesmo mês do ano passado.

Desempenho dos Estados brasileiros

Na passagem de setembro para outubro de 2017, o comércio varejista registrou recuo em 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Roraima (-5,2%), Alagoas (-4,5%) e Mato Grosso (-3,3%). Já entre os estados que registraram variações negativas destacou-se Minas Gerais (-2,1%). No ranking dos estados brasileiros para essa comparação o Espírito Santo apareceu em 5º lugar (+0,2%).

Na comparação com o mesmo mês do ano passado (outubro 2016) os resultados foram positivos em todos os 27 estados, com destaques para Rondônia (14,4%), Santa Catarina (13,7%) e Mato Grosso do Sul (11,9%). Nessa comparação, entre os estados brasileiros, o Espírito Santo apareceu em 19º lugar (+3,7%).

Comentários

Os resultados das vendas do comércio varejista capixaba estão notadamente melhores que os do ano os registrados no ano de 2016. O crescimento mês a mês é gradual e ainda tímido, mas o comércio varejista capixaba tem apresentado essa tendência desde o início desse ano, com uma pequena quebra em agosto, mas voltando a crescer em setembro e mantendo-se positivo em outubro (comparação mensal).

Em relação ao mesmo mês do ano passado, os crescimentos foram maiores, fazendo com que as variações negativas acumuladas tanto no ano como em 12 meses diminuíssem novamente. No varejo ampliado os resultados foram ainda mais significativos, obtendo acumulados já positivos.

A maioria dos segmentos pesquisados obteve crescimento, mas houve uma predominância de resultados positivos daqueles mais dependentes do crédito, mostrando que o efeito da queda nas taxas de juros vem refletindo na recuperação das vendas desses segmentos.

De forma geral os empresários estão mais confiantes para 2018 e a análise é de que, à medida que a confiança dos empresários aumente, eles estarão mais dispostos a investir e contratar. Aumentando os investimentos e as contratações a “roda” do emprego volta a girar e, aos poucos, as pessoas recuperam a capacidade de consumo. Para alavancar as vendas do comércio, o grande desafio continua sendo a retomada da disposição do consumo das famílias, que depende da recuperação dos empregos.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fique atualizado

Assine e receba nosso conteúdo em sua caixa de entrada.

Formulário Newsletter