Vendas de páscoa devem recuar entre 10% e 15% no varejo capixaba
Queda nas vendas é provocada pela alta inflação dos produtos e, logo, pela baixa expectativa de compra dos consumidores
A Páscoa abre o calendário de data comemorativa do varejo. Este ano, as vendas do varejo para o período devem recuar entre 10% e 15%, segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). Produtos como chocolate, pescados, artigos religiosos e de decoração estão entre os mais procurados na semana que antecede a Páscoa.A crise econômica, com a alta da inflação e do dólar, é o fator desestimulante ao consumo, revela o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri. “As pessoas estão guardando seu dinheiro para itens de primeira necessidade. Então é provável que haja uma queda nas vendas maior do que em anos anteriores”, diz.Os comerciantes estão com dificuldades para cobrir os prejuízos de datas de anos passados. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios do Espírito Santo e vice-presidente da Fecomércio-ES, Waldês Calvi, a venda geral não consegue repor a inflação, causando um déficit nas vendas entre 6% e 8%. Outro agravante é a nova fórmula para tributação de produtos de chocolate, que já está contribuindo para o aumento do valor do produto em terras capixabas.“O aumento dos custos da matéria-prima e dos custos operacionais prejudica em muito a precificação e, por conseguinte, as vendas. Não bastassem todos estes problemas, ainda temos de lidar com a sazonalidade da data, que este ano cai no final do mês, que é um período no qual as pessoas estão, naturalmente, descapitalizadas”, lamenta Waldês.Além da venda de produtos, neste período uma parcela do movimento econômico estadual cresce impulsionado pelo turismo de lazer, por isso alerta para que os empresários se organizem para potencializar oportunidades de negócios. NacionalNo Brasil, pelo segundo ano consecutivo, as vendas na páscoa devem registrar queda de 3,4% comparado ao ano passado, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Em 2015, a retração foi de 1% em relação a 2014. Ao todo, a data deve movimentar cerca de R$ 2,8 bilhões de vendas este ano, e pode ser considerada a mais cara dos último 13 anos. A retração nas vendas e a alta dólar são os principais fatores para a queda das vendas.
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