Vendas da páscoa devem crescer até 2%
Estimativa é da Fecomércio-ES, diante da baixa expectativa de compras dos consumidores
Ao que tudo indica, os empresários do varejo no Espírito Santo precisarão de ajuda divina para aumentar as vendas na Páscoa. Isso porque as estimativas apontam que as vendas no varejo serão fracas e o crescimento do setor não deverá passar dos 2%, de acordo com a previsão Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).Produtos como chocolate, pescados, artigos religiosos e de decoração estão entre os mais procurados na semana que antecede a Páscoa.O apelo religioso da data e a tradição do chocolate em formato de ovo faz com que o varejo aposte na diversidade dos produtos, vitrines atrativas, excelência no atendimento e criatividade. A inflação causada pela crise, por sua vez, pode contribuir para a desaceleração.Apesar de estarmos acima da projeção nacional para o período, os empresário capixabas optaram pela cautela.O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios, Waldez Calvi, afirma que o planejamento realizado nos meses que antecedem a data nortearam os empresários à pisarem no freio.“Optamos pela cautela, mais uma vez, e praticamente não aumentamos muito o volume de compras em relação ao ano passado. O comércio, como um todo, está mais retraído este ano. Existe uma crise institucional instaurada, uma crise de confiança entre o mercado e o governo, que gera um efeito cascata, contaminando a economia como um todo. Por isso estamos cautelosos e esperamos um consumo retraído”, diz Calvi.Além da venda de produtos, neste período uma parcela do movimento econômico estadual cresce impulsionado pelo turismo de lazer, por isso alerta para que os empresários se organizem para potencializar oportunidades de negócios.Cenário NacionalA Páscoa deverá movimentar este ano R$ 2,6 bilhões em negócios para o comércio em todo o País, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).No entanto, a projeção representa a primeira queda em 11 anos no volume de vendas para a data – o recuo previsto é de 0,5% em relação à Semana Santa de 2014.No ano passado, as vendas cresceram 3,0% em relação às de 2013, já descontada a inflação. Desde 2004, quando o faturamento real apontado foi 4,8% menor que o do ano anterior, a Páscoa não apresentava queda. A atual tendência de redução no nível de ocupação e na renda, decorrente da queda da atividade econômica.
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