Queda da Intenção de Consumo das Famílias Capixabas Perde Força

O Índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias registrou, em setembro, queda de 2,5% em relação a agosto

A intenção de consumo das famílias do município de Vitória apresentou leve melhora em setembro. Se comparado a agosto, a queda foi de 2,5%, perdendo força ante a queda de 7% observada em agosto em relação a julho. Os números são da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).

Na comparação com setembro do ano passado, o recuo registrado foi de 17,6%. De qualquer modo, para um índice que varia de 0 a 200 pontos, a intenção de consumo das famílias permanece baixa e registrou, em setembro, 57 pontos.

“O consumidor está muito cauteloso em consumir e está readequando o consumo para aqueles itens de maior necessidade. A inflação na Região Metropolitana de Vitória registrou alta em agosto, influenciada pelos preços da habitação, na contramão da queda da inflação para o Brasil, que implica diretamente em diminuição do poder de compra das famílias e da intenção de consumir nos próximos meses”, destaca o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri

A Intenção do Consumo das Famílias (ICF) com renda abaixo de dez salários mínimos apresentou recuo de 6,2% em setembro e permanece no nível de insatisfação, com 49,4 pontos. Já a ICF com renda acima de dez salários mínimos registrou alta de 10,9%, com um índice atingindo o nível de satisfação, com 106,5 pontos.

Para o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Vitória, Cláudio Sipolatti, a alteração do governo contribuiu para este início de reação. “Estamos com um cenário melhor por conta das atitudes que o novo governo tomou em sentido macroeconômico. Elas nos dão perspectiva de melhora. Apesar de não termos queda nos juros, nem menor índice de desemprego, já começamos a enxergar e acreditar que a médio prazo teremos um cenário melhor”, diz.

Emprego

Apesar de todos os componentes do indicador estarem abaixo do patamar de satisfação, o componente Emprego Atual é o que registra o maior índice em pontos, com 99,4 pontos, e cresceu 1,9% em setembro na comparação com agosto. Por outro lado, a avaliação sobre o acesso ao crédito caiu 10,5% em setembro na comparação com agosto (de 86,4 para 77,3 pontos). Nesse contexto, aumentou de 42,9% para 46,1% o percentual das famílias que afirmaram que o acesso ao crédito para as compras a prazo está mais difícil que o ano passado.

Consumo

Apesar de estar bem abaixo dos 100 pontos, a avaliação do Nível de Consumo Atual se recuperou em 11,2% na comparação de setembro com agosto, registrando 30,1 pontos. Em relação a setembro de 2015, a queda ainda é grande, de 41,4%. Nesse contexto, diminuiu para 79,1% o percentual das famílias que declararam estar comprando menos que o mesmo período do ano passado.

As Perspectivas de Consumo para os próximos seis meses, também apresentou leve recuperação em setembro em relação ao mês anterior, registrando alta de 1,6%. Mas na comparação com setembro de 2015, o componente apresentou queda de 30,6%. Nesse contexto, caiu para 71,8% o percentual de famílias que afirmaram que o consumo será menor nos próximos meses em relação ao mesmo período do ano passado. O índice está em 41,5 pontos.

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