Otimismo do empresário recua, mas registra melhora em maio
Mesmo com retração de -2%, confiança do empresário do comércio capixaba cresceem relação a abrilA desaceleração da economia deixa os empresários do comércio menos otimistas em maio. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), recuou -2%, na comparação com abril (que teve queda de -2,7%). Em maio, o índice somou 101,2 pontos. Apesar ter recuado, a maioria dos índices registram uma melhora em relação a abril.A queda na confiança do empresário do comércio foi incentivada pelo Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) que registrou uma queda de -4,9%, apontando 128,6 pontos. Os números são resultado dos subíndices do IEEC, que avaliam a expectativa da economia brasileira (-8,3%), do comércio (-5,4) e das empresas comerciais, e que também recuaram em maio.“O desaceleramento da economia, o fraco crescimento das vendas do varejo, atrelado à inflação elevado e juros altos têm influenciado no otimismo do empresário em relação as condições atuais, moderando as expectativas para os próximos meses”, destaca o presidente interino da Fecomércio-ES, João Elvécio Faé. No Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) também foi registrado um pequeno recuou, tanto nas pequenas quanto nas grandes empresas. O indicador recuou -1,1%, chegando a 77,6 pontos. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) foi o único dos três subíndices que apresentou um aumento em relação aos demais, mesmo permanecendo abaixo da linha do otimismo de 100 pontos. Em maio, o índice marcou 97,4 pontos, um aumento de 1,6% na comparação com o mês anterior, mostrando um leve otimismo em relação aos investimentos para o setor.Grupo de Atividade e PorteO grupo de atividade, avaliado pela pesquisa, registrou queda em todos os indicadores, mas houve uma melhora em comparação com o mês anterior. O maior recuo foi movido pelo grupo de semi-duráveis, com -3,8%, ante a abril que foi de -4,2%. Já os grupos de não-duráveis e duráveis também registraram queda, porém em menor escala, -0,8% em maio (-1,1% em abril) e -0,7% em maio (-1,8% em abril), respectivamente.Na comparação pelo porte, as empresas também registraram queda. Entre as empresas com mais de 50 funcionários, foi apontado recuou de -9,8%, registrando 117,6 pontos. Já nas empresas com até 50 funcionários, a queda foi de –1,7%, com 100,9 pontos.