Número de endividados e inadimplentes na capital sobe 3,7% em março

Após positivas quedas em dezembro (-0,1%), janeiro (-10,6%) e fevereiro (-2,7%), Peic volta a crescer

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) de março mostra que o número de endividados e inadimplentes na capital capixaba subiu 3,7% em março, após quedas em dezembro, janeiro e fevereiro. Ao todo, 67.138 pessoas têm dívidas a pagar. Desses, 21.040 estão com contas em atraso, e 5.186 acreditam que não terão condições de honrar seus compromissos.“O custo de vida elevou desde o início do ano, diante do cenário de crise, por isso muitas pessoas pouparam no final do ano passado, prevendo os gastos de início de ano. A partir desse mês, voltamos a realidade de um orçamento familiar enxuto, que, como mostra a pesquisa, muitas vezes não tem condições de arcar e acaba nesse cenário de dívidas e contas atrasadas”, revela o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.O cartão de crédito (71,9%) segue como o principal meio de endividamento entre os moradores de Vitória, tornando-se a principal ferramenta de compra. Após o cartão, estão financiamento de carro (12,4%), cheque-especial (10,3%) e carnês (10,2%). Ainda assim, 36,6% dos entrevistados disseram não ter dívidas desses tipos – 43,8% deles possuem vencimentos acima dos dez salários mínimos -, enquanto outros 34,1% se consideraram “pouco endividados”.Em alguns casos a porcentagem de pessoas que recebem vencimentos acima dos dez salários mínimos seja maior do que o número total de endividados, como no financiamento de carro (21,1%). Outro comparativo é quanto ao financiamento de casa, no qual o total de endividados chega a 5,1% e o número de pessoas que recebem acima dos dez salários chega a 14%, percentual que se repete no endividamento por cheque especial.Dívidas sim, inadimplência nãoApesar de o número total de endividados e inadimplentes ter sofrido aumento, 67% dos entrevistados afirmaram não ter dívidas em atraso (67,9%) à época da pesquisa. Desses, 65,6% recebem até dez salários mínimos e 82,5% possuem vencimentos mensais acima dessa quantia.Tempo de atraso, comprometimento e parcela da renda para honrar dívidasAs dívidas acumuladas há mais de três meses são maioria entre os que possuem contas em atraso (47,6%) e contemplam mais da metade dos endividados (50,9%) que recebem até 10 salários mínimos por mês. Enquanto isso, quase metade das pessoas que recebe mais do que 10 salários mínimos (47,7%) possui contas com até 30 dias de atraso.O tempo médio que os endividados levarão para quitar seus débitos chega a pouco mais de seis meses, tempo esse pelo qual 47,5% dessas pessoas terão 10% de sua renda familiar mensal comprometida com o pagamento de dívidas em atraso. Já 37% comprometeram de 11% a 50% da renda e 9,6% mais de 50% da renda. Ainda no tempo de comprometimento, destaque para 33% das famílias que estão com dívidas por mais de um ano, além de 34,1% em até três meses e 19,8% entre três e seis meses.

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