Nível de endividamento do capixaba volta a subir em fevereiro
Pesquisa de endividamento, divulgada pela Fecomércio-ES, revela que 68,2% das famílias capixabas possuem algum tipo de dívida
Nível de endividamento do capixaba voltou a subir em fevereiro, atingindo 68,2%, frente a 62% registrados em janeiro. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), em relação ao mesmo período de 2012, quando o indicador era de 72,2%, houve uma queda de 4%. Ao todo, são mais de 72 mil endividados.
Ainda de acordo com a pesquisa, há mais capixabas com dívidas na faixa de rendimento de até 10 salários mínimos (69,5%). Já entre os consumidores que ganham acima de 10 salários mínimos, o índice é de 59,8%. “Apesar do elevado nível de endividamento dos capixabas, as famílias seguem com maior atenção em relação ao endividamento e ao consumo. Os gastos extras de início de ano com taxas e tarifas, além dos reajustes de preços que ocorrem nesse período, levam a essa tendência de aumento do endividamento,” afirma José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio-ES.
No que se refere às famílias com conta em atraso, o índice registrou em fevereiro 24,4%, um pequeno acréscimo de 0,2%. Quanto ao pagamento da dívida, o índice constatou que recuou para 11,4% a porcentagem dos que não terão condições de pagar, enquanto em janeiro era de 12,2%.
Perfil da dívida
O cartão de crédito continua sendo o principal vilão entre os capixabas endividados. Cerca de 70,8% das famílias afirmam possuir dívidas no cartão, seguido de crédito pessoal (19,5%) financiamento de carro (19,2%), carnês (13,7%), entre outros. “O estímulo ao crédito e à aquisição de bens duráveis durante o ano passado, exerceram impacto sobre o número de famílias endividadas, que continua apresentando alta”, declara Sepulcri.
Em fevereiro, 42,7% dos capixabas afirmam estar comprometidos com dívidas por mais de um ano, 18,8% de três a seis meses e 23,7% por menos de três meses. A parcela da população que comprometeu menos de 10% da renda familiar é de 18,9%. Entre 11% e 50% de sua renda mensal é de 58,2%, e 21,3% comprometeram mais de 50%.
Entre os consumidores com contas em atraso, 58,5% têm atrasos há mais de 90 dias, 24,8% têm contas atrasadas por até 30 dias e 16,7% do total de famílias estão com dívidas atrasadas entre 30 e 90 dias.
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