Março registra saldo negativo menor que fevereiro no Espírito Santo
O saldo entre admitidos e desligados no mês de março no Espírito Santo foi negativo em 794 postos de trabalho formais, bem menor que o registrado em fevereiro, quando fechou pouco mais de 2 mil postos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged-MTE).
No comparativo apenas do número de admissões realizadas em março contra as admissões de fevereiro o número cresceu 30,3% em todo o estado. Esse percentual havia ficado negativo em 19% na passagem de janeiro para fevereiro. Por outro lado, as demissões também subiram na ordem de 22% nessa comparação.
Apesar do resultado negativo, o saldo para o mês de março em 2017 é o menor dos últimos três anos: em março de 2016 o saldo foi negativo em 3.668 e em março de 2015 em 1.484.
Outro indicador é o acumulado no ano: até março de 2016, o Estado já havia fechado mais de 11 mil postos de trabalho e em 2017 até março acumula um fechamento de 1.614 postos de trabalho, ou seja, 85% a menos.
Comércio e Serviços
O setor de serviços apresentou saldo negativo no mês com o fechamento de 329 empregos formais, quebrando a tendência positiva iniciada em janeiro. Mesmo com esse resultado, o setor ainda acumula um saldo positivo de 635 empregos no ano.
Já o comércio, registrou novamente saldo negativo em março, com o fechamento de 784 postos de trabalho. Vale destacar, no entanto, que este saldo foi 31,3% menor que o registrado em fevereiro, quando foi negativo em 1.142.
De janeiro a março o comércio do Espírito Santo acumula o fechamento de 3.145 postos de trabalho formais, resultado de 17.918 admissões contra 21.063 demissões. No ano passado, no mesmo período o comércio já havia acumulado a perda de quase 4,5 mil postos de trabalho formais.
Saldos Positivos
Os setores que apresentaram saldos positivos no Espírito Santo no mês de março foram: a construção civil que criou 605 empregos seguidos da agropecuária com a criação de 115 postos e a administração pública 30 postos.
Brasil
O Brasil não manteve a tendência positiva de criação de postos de trabalho obtida em fevereiro (quando o saldo positivo foi de 35.612 postos de trabalho formais) e registrou fechamento de 63.624 postos de trabalho no mês de março.
O comércio foi o setor que registrou maior retração em março (-33.909 postos), seguido do setor de serviços (-17.086 postos), construção civil (-9.059 postos), indústria de transformação (-3.499 postos) e agropecuária (-3.471 postos).
Comentários
Depois de um saldo positivo em janeiro, o que não acontecia desde 2012, o saldo entre admissões e demissões em março ficou negativo, assim como no mês de fevereiro.
Entretanto, de maneira geral, é possível observar a diminuição do ritmo de deterioração do mercado de trabalho no Estado: o saldo negativo entre admissões e demissões para o mês de março foi o menor dos últimos três anos e o saldo negativo acumulado no período é muito menor que no mesmo período do ano passado.
O que se observa é que os movimentos ainda variam muito de um mês para outro e cada setor, com sua peculiaridade, ainda busca o ajuste junto às condições postas pela economia. Os empresários do comércio, por exemplo, ainda estão cautelosos com as condições atuais da economia brasileira, mas bem mais confiantes em relação ao futuro, o que interfere diretamente na avaliação dos investimentos e da contratação de funcionário.
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