Intenção de consumo entre os capixabas recua em novembro

Estímulos do governo anteciparam as compras do consumidor capixaba, que agora busca poupar a renda familiar, constata Fecomércio-ES

As famílias da capital ficaram menos sugestivas a irem às compras na passagem de outubro para novembro, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), recuou 4,7%, registrando 117,4 pontos, mas manteve-se propenso ao consumo, já que o índice permaneceu acima da zona de 100 pontos, indicando um nível ainda favorável para o consumo

O número ainda elevado de endividamento e a moderação na concessão de crédito dificultam o avanço do otimismo em relação ao consumo das famílias capixabas, que também estão mais cautelosas em relação aos gastos.

“Ao longo de 2012, observamos os estímulos fiscais realizados pelo governo para a retomada da economia no país. Com isso, as famílias anteciparam o período de consumo. Agora o que vemos são as reduções e controle de gastos por parte dos consumidores,” afirma José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio-ES.

Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica, a previsão da Fecomércio-ES, aliada à Confederação Nacional do Comércio (CNC), é de que o volume de vendas do varejo obtenha um crescimento ao redor de 8% em 2012.Mercado de Trabalho

A satisfação com o emprego atual se manteve estável em relação ao mês anterior, com 125,5 pontos, 0,2 pontos a mais que em outubro. O saldo positivo no índice que marca a satisfação com o mercado de trabalho é justificado pelo aumento considerável na criação de novos postos de trabalho e pelo baixo nível de desemprego.

O indicador referente à perspectiva profissional também registrou leve recuo, marcando 119,5 pontos. Mas, entre os entrevistados, a maioria (55,2%) ainda se mostra positivo quando o assunto é melhora profissional nos próximos seis meses.Moderação no Consumo

A antecipação do consumo, aliada ao forte crescimento das vendas de produtos com o IPI reduzido, como automóveis e produtos de linha branca, não conseguiram conter a retração do indicador do consumo atual das famílias, que apresentou -9,12%, e registrou 99,7 pontos.

O mesmo ocorreu com o momento para compra de duráveis, que registrou 96,1 pontos, enquanto em outubro o mesmo índice marcava 109,1 pontos. Famílias com até 10 S.M.

Para as famílias com mais de 10 salários mínimos, o índice que avalia a perspectiva de consumo aumentou comparado a outubro. Neste mês o índice atingiu 118,4 pontos, ante 115,5, registrando um incremento de 2,5%. Para 35% dos entrevistados, o fácil acesso ao crédito e os juros baixos, estimula o consumo.

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