Incertezas na Perspectiva Profissional Provocam Redução na Intenção de Consumo das Famílias

Em agosto, a intenção de consumo das famílias na capital recuou 7% em relação a julho

As famílias de Vitória estão menos confiantes quanto à melhora no emprego para os próximos meses. O índice de avaliação sobre a perspectiva profissional reduziu 24,7% em agosto, o que interferiu diretamente no resultado sobre a intenção de consumo. O percentual de famílias que não acreditam em uma melhora no emprego para os próximos seis meses subiu de 67,4% para 74,6%. É o que mostra a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), que recuou 7% em agosto em relação a julho, registrando 58,4 pontos.

A queda foi registrada tanto para as famílias que recebem menos quanto as que recebem mais de dez salários mínimos, mas para o primeiro grupo, a queda na comparação mensal de 8,7% (52,6 pontos), foi maior que a do segundo, 0,5% (96 pontos).

Apesar de todos os componentes do ICF estarem abaixo do patamar de satisfação, o componente Emprego Atual é o que registra o maior índice em pontos, com 97,5 pontos, e cresceu 1% em agosto na comparação com julho.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Cariacica, José Antônio Pupim, acredita que o recuo está relacionado ao desemprego e a incerteza política. “Certamente quando houver uma decisão concreta de quem permanecerá no governo, a confiança irá se recuperar e a intenção de consumo voltará a crescer”, afirma.

Consumo

O nível de consumo atual também recuou em agosto: 8,8% em relação a julho, registrando 27,7 pontos, bem abaixo do patamar de 100 pontos. Em relação ao mesmo mês do ano passado a queda foi de 51,2%. Nesse contexto, cresceu para 81% o percentual de famílias que estão comprando menos que o mesmo período do ano passado.

Para o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, o desemprego está sendo preponderante para a queda na confiança e no consumo das famílias. “O consumidor está muito cauteloso em consumir e está readequando o consumo para aqueles itens de maior necessidade, como os alimentos. Estes por sua vez, apresentaram uma alta significativa nos preços em Vitória no mês de julho, o que diminui ainda mais o poder de compra das famílias e reflete diretamente na intenção de consumo”, declara.

Depois de uma melhora em junho, as perspectivas de consumo para os próximos seis meses voltaram a cair em julho e agosto, apresentando variação negativa de 9,7% no último mês. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o componente recuou 27,5%. Neste cenário, 73,1% das famílias afirmaram que o consumo será menor nos próximos meses em relação ao mesmo período do ano passado.

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