Impactos do coronavírus no comércio do Espírito Santo

Panorama Geral. O ano de 2020 começou trazendo boas expectativas para as economias do Espírito Santo e do Brasil. O que se observou no início do ano foi a continuidade na geração de empregos, controle da inflação e dos juros, fatores essenciais para criar um ciclo positivo na economia.

Entretanto, um obstáculo acometeu esse cenário positivo no ano de 2020, a partir de março, com a chegada dos casos do Coronavírus no Brasil. Uma epidemia iniciada no país asiático, a China, e que posteriormente recebeu caráter de pandemia, sendo amplamente disseminada e atingindo grande parte dos países do mundo.

No Brasil, os Estados mais atingidos até o momento foram São Paulo e Rio de Janeiro. Mas o Espírito Santo também possui casos confirmados. Entre as tentativas de conter a disseminação desse vírus, o Covid-19, está o fechamento dos estabelecimentos comerciais em todo o Estado por 15 dias, por um decreto do governo estadual, que passou a valer em 20 de março. Apenas as atividades essenciais foram mantidas, como: farmácias, supermercados, padarias, alimentação e cuidados com animais, postos de combustíveis, lojas de conveniências e feiras livres.

stimativas. Diante desse novo e complexo cenário, ainda é difícil medir o tamanho do prejuízo na

economia do Estado. As atividades são ligadas em cadeia e as perdas das paralisações serão ignificativas, com reflexos na arrecadação de tributos e na renda de toda a população.

Crédito: Valquíria Homero e Mario Kanno /Poder360

Olhando pela perspectiva do Comércio, o setor é responsável por produzir um Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de R$ 39 milhões por dia no Espírito Santo. Assim, considerando os 15 dias de fechamento do comércio como prevê o decreto, é possível que o comércio capixaba deixe de gerar até R$ 570 milhões.

A estimativa já desconta as atividades que ainda estão funcionando (como, os supermercados, farmácias e postos de combustíveis) e é o valor máximo que deixa de ser movimentado, ou seja, não considera as vendas de lojas físicas por delivery.

Preocupações. O presidente da Fecomércio-ES afirmou que os empresários estão acatando a decisão. Mas o Comércio, que estava restaurando a confiança e tinha expectativa de um crescimento maior nesse ano, terá um grande desafio para recuperar essas perdas. Além disso, existe a preocupação com relação ao pagamento de tributos e obrigações com o fisco estadual e federal e pontua que serão necessários esforços em todas as frentes para conseguir contornar essa situação.

Nota Técnica

O cálculo e a análise dos dados do prejuízo foram realizadas pela Assessoria Econômica da Fecomércio-ES considerando o Valor adicionado diário do comércio do Espírito Santo (IBGE-2017, atualizados pelo IPCA) como o valor máximo que poderia ser “perdido” em um dia parado e a quantidade de dias perdidos.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fique atualizado

Assine e receba nosso conteúdo em sua caixa de entrada.

Formulário Newsletter