ICF mostra que famílias brasileiras iniciam ano de 2012 mais otimistas

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou 139,7 pontos em janeiro, uma alta de 1,8% em comparação a dezembro de 2011 e de 0,3% ante igual período do ano passado. Todos os componentes que agregam o índice tiveram variação positiva, fato que não ocorria desde agosto do ano passado.

O reajuste do salário mínimo, a adoção de medidas de incentivo ao consumo e a queda dos preços de bens duráveis, além do ritmo mais moderado das vendas de fim de ano, levaram as famílias a recuperar a confiança mesmo num período (janeiro) em que há uma menor disposição para as compras devido aos gastos das famílias com as despesas extras do início do ano, como IPVA, IPTU, matrículas e materiais escolares. Esse resultado se mantém acima da zona de indiferença (100,0 pontos), indicando um nível favorável de consumo.

“Esses resultados indicam que, mesmo em menor ritmo, as famílias ainda mantêm uma elevada confiança em relação ao mercado de trabalho”, afirma Bruno Fernandes, economista da CNC. Além disso, explica o economista, a maior facilidade de aquisição de crédito após as medidas de incentivo, a desaceleração da inflação proveniente da menor pressão sobre os preços de bens não duráveis e a queda dos preços dos duráveis vêm permitindo uma recuperação dos componentes relacionados ao consumo.

Na comparação anual, após três meses seguidos de queda, a intenção de consumo das famílias voltou a apresentar variação positiva (+0,3%), puxada principalmente pelos componentes ligados ao mercado de trabalho, como ocorrido nos dois últimos trimestres. Na variação mensal, a alta dos índices ligados ao consumo não foi suficiente para recuperar a confiança das famílias na base anual, visto que, nos primeiros meses de 2011, a demanda doméstica ainda estava em um ritmo extremamente forte, obtendo uma trajetória de desaceleração ao longo do respectivo ano.

Por faixas de renda, na comparação mensal, o resultado do índice foi sustentado tanto pela alta da confiança das famílias com renda superior a 10 salários mínimos (alta de 1,5%, ou 148,9 pontos) quanto com rendimentos menores (1,8%, ou 139,7 pontos).

Na mesma base comparativa, os dados regionais revelaram que a elevação do índice nacional foi puxada pelas capitais do Sudeste, Norte e Centro-Oeste, que registraram variação de 3,1%, 6,0% e -1,6%, respectivamente. Assim, essas regiões apresentaram níveis de confiança de 142,1, 139,1 e 138,9 pontos, respectivamente.

O detalhamento da Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de janeiro pode ser acessado na Central do Conhecimento.

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