Fecomércio vai ao governo buscar por menos impostos nos remédios
Os empresários farmacêuticos vivem momentos nebulosos com o avanço das grandes redes no Espírito Santo. Nos últimos cinco anos, cerca de 200 farmácias independentes fecharam as portas. E para mudar essa situação a Federação do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo do ES (Fecomércio), levou até o governador nesta terça-feira (05) um pleito do setor de farmácia do Estado para pedir a redução da carga tributária sobre os medicamentos.“Nossos estabelecimentos enfrentam concorrência das grandes redes que vêm de fora”, salientou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri.E para atender a demanda o governador marcou para 14 de novembro uma reunião com o setor. O Secretário de Estado da Fazenda, Maurício Duque, salientou que a situação é decorrente da concorrência das pequenas redes de farmácias do Estado com as grandes companhias de outros estados.Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Espírito Santo (Sincofaes), Edson Marchiori, os altos impostos inviabilizam as atividades, principalmente do micro e do pequeno empresário.Segundo Marchiori, existem hoje no Espírito Santo cerca de 2.200 farmácias e todas elas passam pela mesma situação. “A reivindicação que estamos fazendo junto ao governo do Estado é que ele cubra os impostos do valor justo que nós recebemos hoje. Por que os medicamentos hoje estão sendo cobrados em cima do valor máximo e não em cima do valor com descontos”, diz.“O medicamento passa por substituição tributária e essa substituição é colocada em cima de um caderno de preços que já foi implantado a cerca de uns 10 a 15 anos atrás, só que de lá para cá o mercado mudou muito, hoje as farmácias trabalham muito com descontos, só que os impostos são pagos em cima do valor cheio”, enfatiza o diretor do Sincofaes, Manoel Viguini.