Endividamento recua 10,8% em setembro na Grande Vitória
A moderação no mercado de crédito e no volume de vendas do comércio contribuiu para a redução do endividamento das famílias
O percentual de famílias endividadas recuou 10,8% em setembro se comparado a agosto. Na Grande Vitória 67,2% dos moradores estão na linha de endividamento, frente a 78% em agosto, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Fecomércio-(Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo). Em números absolutos são 71.258 endividados.
Já o número de famílias endividadas com contas em atraso teve um leve crescimento, passando de 17% em agosto para 20,8% em setembro. O mesmo aconteceu com o índice que revela as famílias que não terão condições de arcar com suas dívidas, que chegou a 9,3% este mês, enquanto no mês anterior a proporção era de 5,7%.
“A redução do número de famílias endividadas foi impulsionada pela moderação no mercado de crédito e no volume de vendas do comércio, provocada pela menor confiança do consumidor em relação à renda e à inflação,” analisa o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.
O cartão de crédito permanece em setembro como o principal tipo de dívida. Cerca de 66,8% citaram o cartão de crédito como o grande vilão, em seguida vieram o financiamento de carro (21,8%), o financiamento de casa (13,4%) e o crédito pessoal (10,3%).Comprometimento
No indicador que avalia há quanto tempo o pagamento da conta está atrasado, entre as pessoas que possuem algum tipo de dívida, 65,6% afirmaram estar com contas acima de 90 dias atrasadas. Em até 30 dias foram 26% e entre 30 e 90 dias 8,4%.
Além disso, 32,6% dos endividados acreditam que devem permanecer por mais de um ano comprometidos com dívidas. Entre 6 meses e 1 ano 17,1%, entre 3 e 6 meses 19,1% e até 3 meses 30%.
Quanto à parcela da renda familiar comprometida com o endividamento, 64,9% têm de 11% a 50% da renda comprometida, 21% até 10% e 13,2% com mais de 50% de comprometimento. Lembrando que especialistas indicam que as dívidas não ultrapassem 30% da renda.
“Ainda lidamos com um número considerável de famílias que estão com a renda comprometida, mas que aos poucos estão medindo esforços e arcando com seus compromissos”, revela Sepulcri.
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