Endividamento das famílias cai pela terceira vez consecutiva em outubro

O indicador aos poucos está retornando aos níveis pré-criseDESTAQUES O endividamento das famílias recuou pela terceira vez em outubro e ficou em 67,2%, sendo 2,5 pontos percentuais menor que em setembro;• Em relação a 2019 o endividamento ficou 3,8 p.p. maior;• A inadimplência apresentou leve crescimento de 0,5 pontos percentuais em relação a setembro ficando em 35,3% em outubro;• Frente ao mesmo mês do ano passado, ficou 6,0 p.p. maior.ANÁLISE COMPLETAPelo terceiro mês consecutivo o endividamento das famílias de Vitória com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestação de carro e de casa recuou. O indicador aos poucos está retornando aos níveis pré-crise abaixo de 70%.A pesquisa de outubro mostrou que 67,2% das famílias afirmaram estar endividadas. A inadimplência por sua vez, importante medida de qualidade do endividamento, ficou 0,5 pontos percentuais acima do mês anterior, mostrando que 35,3% das famílias não conseguirão pagar suas dívidas no próximo mês. Mesmo com a alta cabe observar que não houve deterioração expressiva do indicador em 2020. Isso foi registrado com maior magnitude em 2018 quando teve uma média anual de 47,6% e em 2019 de 38,5%.A Fecomércio-ES avalia que no período da crise e diante das incertezas, as famílias passaram a ter mais rigor no orçamento, o que segurou uma “explosão” negativa dos percentuais. Os ajustes realizados pelas famílias junto aos auxílios emergenciais contribuíram para a manutenção desse cenário. Com a diminuição do valor do auxílio existe o risco de deterioração dos indicadores, mas acredita-se que será por um período de transição, pois vai de encontro a um momento em que o mercado de trabalho está em recuperação, o que deverá permitir o equilíbrio.Resultados OutubroEndividamento. O endividamento das famílias de Vitória apresentou mais uma queda na passagem do mês de setembro para outubro de 2020, ficando em 67,2% (2,5 pontos percentuais menor que em setembro), o que corresponde a cerca de 88 mil famílias da capital. Em relação a 2019 o endividamento ficou 3,8 p.p. maior.Inadimplência. A inadimplência apresentou leve alta em outubro ficando em 35,3%, sendo 0,5 p.p. maior frente ao mês anterior e corresponde a cerca de 46 mil famílias com pelo menos uma conta ou dívida em atraso. Frente ao ano passado, a inadimplência ficou 6,0 p.p. maior. O percentual daquelas cuja expectativa é que não tenham condições de pagar as dívidas em atraso no próximo mês caiu para 13,6%.Tipos de dívidas. O cartão de crédito continua figurando como o principal tipo de dívida, sendo apontado por 75,5% das famílias endividadas. A categoria “outros” é o segundo tipo mais representativo (37,1%).Comprometimento da renda. Entre os endividados, a parcela de comprometimento da renda mensal com dívidas ficou, em média, em 29,1% e com a renda comprometida pelos próximos 7 meses. Já os inadimplentes afirmaram que o pagamento está atrasado, em média, há 50 dias.Análise por Renda FamiliarO maior nível de endividamento e inadimplência está concentrado nas famílias de renda mais baixa (renda familiar até 10 salários mínimos). Enquanto para esse grupo o nível de endividamento está em 68,9% e o de inadimplência em 37,7%, para o outro grupo (com renda familiar acima de 10 s.m.) o endividamento está em 55,9% e a inadimplência em 21,1%.BrasilO número de endividados no País caiu pela segunda vez em outubro atingindo 66,5%, representando um recuo de 0,7 pontos percentuais na comparação com o mês anterior e de 1,8 pontos percentuais frente ao ano passado. O percentual de inadimplentes caiu para 26,1% e daqueles que afirmaram que não terão condições de pagar suas dívidas no próximo mês ficou em 11,9%.Nota TécnicaOs dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) são coletados em âmbito nacional pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e disponibilizados às federações para a elaboração das análises de seus estados. A pesquisa é realizada com uma amostra de, no mínimo, 500 famílias residentes no município de Vitória – ES. A análise dos dados de Vitória-ES é realizada pela Assessoria Econômica da Fecomércio-ES.Imagem: Wayhomestudio – Banco de imagem

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