Endividamento atinge 66,2% das famílias em maio, constata Fecomércio-ES
O nível de endividamento do consumidor cresceu em maio, em relação ao mês anterior, de acordo com a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), da Fecomercio – ES.
O número de endividados voltou a crescer na Grande Vitória. Em maio, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), apontou um total de 66,2% endividados, indicando 70.240 em números absolutos, enquanto no último mês eram 64,5%. Já na comparação anual o índice reduziu 3,5%. O número de pessoas que estão com contas em atraso também aumentou em maio. Este mês o indicador marcou 23,9%, diferente de abril, período em que registrou 19,7%. O mesmo aconteceu com as famílias que não terão condições de arcar com seus compromissos. Em maio, 11,1% das famílias não terão condições de quitar as dívidas, ante aos 8,3% em abril.“Essa alta é consequência da inflação registrada no período, encontrada principalmente no preço dos alimentos, que tem impactado negativamente na renda das famílias capixabas. Essa evolução demonstra que as pessoas estão aumentando as dívidas para manter o mesmo padrão de consumo”, explica o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.Tempo de atrasoEm relação ao tempo de atraso do pagamento das contas, 52,5% das famílias responderam que estão a mais de 90 dias sem quitar alguma dívida. Outros 33,6% disseram que estão sem pagar há 30 dias, enquanto 13,9% possuem atraso entre 30 e 90 dias. Também foi apontado na pesquisa que 47,9% das famílias ficarão endividadas por mais de um ano; outros 20,8% ficarão sem pagar até três meses; 12,5% entre seis meses e um ano, e 18,3% entre três e seis meses.Considerando a renda mensal das famílias, a pesquisa avalia também a parcela da renda que está comprometida com as dívidas. Neste indicador, 53,1% das famílias afirma ter de 11% a 50% da renda afetada, enquanto 15,5% afirmam possuir até 10% de comprometimento e 31,5% mais de 50%. Segundo os economistas, o ideal é que a parcela de endividamento não ultrapasse 30% da renda mensal.Tipo de dívidaMais uma vez, o cartão de crédito é o principal vilão da história, correspondendo a 68,3% das dívidas. Seguido do cartão de crédito está o financiamento de carro (27,8%), o crédito pessoal (24,6%) e o financiamento de casa (13,5%) como os principais tipos de dívidas contraídas pelas famílias.
Fique atualizado
Assine e receba nosso conteúdo em sua caixa de entrada.