Comércio é destaque na criação de postos de trabalho formais no Espírito Santo
Depois de três meses consecutivos de resultados positivos, o mercado de trabalho do Espírito Santo retrocedeu na criação de empregos formais. No total dos setores produtivos capixabas, no mês de dezembro de 2017, o saldo líquido positivo entre admissões e demissões ficou negativo em 5.981 postos de trabalhos formais, resultado de 19.773 admissões e 25.754 demissões.
Para efeito comparativo, o saldo líquido no mês de dezembro do ano anterior foi negativo em 7.450 postos formais de trabalho e no mesmo mês de 2015, negativo em 10.848. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged-MTE).
Com esse resultado, o mercado de trabalho do Espírito Santo no ano 2017 fechou com um saldo líquido negativo de 2.053 entre admitidos e desligados. Em 2016, o acumulado no ano mostrou um fechamento de cerca de 38 mil postos de trabalho.
Comércio e Serviços
Nesse contexto de queda, o único setor a registrar criação de postos de trabalho no último mês do ano foi o comércio. Resultado de 7.087 contratações e 6.390 demissões, o comércio capixaba obteve saldo líquido positivo de 697 postos de trabalho formais no mês.
Apesar de apresentar o quarto resultado positivo consecutivo, o comércio do Estado ainda acumulou um saldo negativo no ano, com o fechamento de 386 postos de trabalho formais. Entretanto, no mesmo período do ano de 2016 o setor acumulou um fechamento de cerca de 7 mil postos de trabalho de janeiro a dezembro.
O setor de serviços, por sua vez, encerrou 1.901 de postos de trabalho formais em dezembro. Com esse resultado, o acumulado do setor no ano fechou negativo em 1.156 postos de trabalho.
Demais setores
A maioria dos setores pesquisados exceto o comércio, como citado anteriormente, registraram saldos negativos em dezembro no Espírito Santo, com destaque para a indústria, com fechamento de 2.534 postos de trabalho, e os serviços que fechou 1.901 postos de trabalho.
Brasil
O mês de dezembro também foi negativo para o Brasil, que registrou fechamento de 328.539 vagas com carteira assinada. No ano, o país fechou 20,8 mil postos de trabalho formais em 2017. Foi o terceiro ano consecutivo em que o número de demissões superou o de admissões com carteira assinada no país. Apesar de negativo, resultado foi o melhor desde 2014.
Comentários
Após o mercado de trabalho formal capixaba configurar uma trajetória positiva a partir do segundo semestre do ano de 2017, o último mês quebrou a tendência de criação empregos com carteira assinada no Espírito Santo.
Dezembro é tradicionalmente um mês que registra demissões, o que influenciou no fechamento do ano, que apresentou saldo líquido negativo entre admissões e demissões. Apesar da queda o mercado de trabalho do Estado em 2017 apresentou o melhor fechamento anual desde 2014.
Os dados mostraram que o período de quedas bruscas passou, mas o cenário ainda não foi revertido a uma tendência positiva, não sendo também capaz de recuperar os empregos perdidos. Ou seja, os resultados já se mostram melhores aos dos anos anteriores de crise, mas o crescimento é muito lento.
Ainda assim, mesmo sob uma perspectiva gradual, as expectativas são melhores para 2018, com empresários aumentando os investimentos e as contratações. Isso permitirá que a “roda” do emprego volte a girar e, consequentemente, fazendo movimentar a atividade econômica como um todo.
Nota Técnica
Os dados sobre o Mercado de Trabalho Formal são disponibilizados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), instituído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para o Brasil e Unidades de Federação. A presente análise dos dados do Espírito Santo é realizada pela Assessoria Econômica da Fecomércio-ES e tem por objetivo mostrar a movimentação e evolução do mercado de trabalho formal capixaba.
Elaboração: Assessoria Econômica Fecomércio-ES
Fonte: CAGED/MTE
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