CNC projeta queda de 3,3% do emprego no varejo este ano

CNC projeta queda de 3,3% do emprego no varejo este ano

Crédito: Ascom CNC

Fonte: Ascom CNC

Um dos últimos setores a iniciar demissões por conta da recessão, o número de trabalhadores formais empregados no varejo deverá encolher 3,3% até o fim do ano, de acordo com estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmada, a previsão corresponderia a um corte de 253,4 mil empregos celetistas ao longo de 2016, em todo o Brasil. As projeções da entidade foram baseadas no comportamento no emprego celetista do setor, a partir de dados mensais do Caged do Ministério do Trabalho e Previdência Social. “O ajuste tardio no quadro de funcionários do varejo, associado à intensificação da retração das vendas em 2016, deverá levar o varejo a registrar queda no número de trabalhadores pelo segundo ano seguido”, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação. Em 2015, a atividade varejista registrou recuo de 2,3% em relação ao ano anterior com o fechamento líquido de 179,9 vagas, ritmo que se manteve nos acumulados dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. Para 2016, a CNC projeta recuo de 8,3% no volume de vendas do varejo. Apesar da nítida perda de ritmo de atividade, a redução do número de empregados no varejo em relação ao mesmo período do ano anterior se deu somente a partir de agosto de 2015, quando as vendas já acumulavam recuo de 5,2% no mesmo intervalo de 12 meses. Naquela ocasião, apenas 3 dos 25 subsetores da economia ainda registravam variações positivas no número de trabalhadores ocupados no intervalo de um ano, a saber: serviços de alojamento e alimentação (+0,1%), serviços médicos, odontológicos e veterinários (+3,7%) e atividades de ensino (+1,3%). Contabilizando todos os subsetores, o emprego celetista já acusava retração anual de 2,3% no mesmo período. Nesse período, o emprego nas lojas de artigos de uso pessoal e doméstico encolheu 15,2%. Esse segmento do varejo não especializado é formado, principalmente, por lojas de utilidades domésticas, eletroeletrônicos, brinquedos e joalherias. E, somado ao comércio automotivo e às lojas de materiais de construção, o segmento deverá fechar 202,1 mil vagas (79,7% do total), segundo a entidade. Regionalmente, as maiores retrações do número de trabalhadores nos últimos 12 meses ocorreram no Amapá (-5,4%), Espírito Santo (-4,0%) e Distrito Federal (-3,4%). Nesses três casos, o volume de vendas nos últimos 12 meses encerrados em janeiro recuou mais (-15,5%, -18,3% e -12,7%, respectivamente) do que a média nacional (-9,3%). ***Atualização em 12 de abril de 2016: A CNC revisou a previsão de queda nas vendas do varejo ampliado para 8,8%.

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