CNC participa de debate sobre café de qualidade

Marcus Magalhães, diretor da Fecomércio-ES, discursa em audiência pública na CâmaraO Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Incentivo à Produção de Café de Qualidade, PL 1.713/2015, de autoria do deputado federal Evair de Melo (PV-ES), reuniu diversos especialistas nesta quinta-feira (03/09), em audiência pública realizada na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, na Câmara dos Deputados. “O Projeto de Lei não é apenas atual, mas vital, se quisermos colocar a cafeicultura em outro patamar”, afirmou o representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Marcus Magalhães, diretor Financeiro da Fecomércio-ES.O PL 1.713/2015 visa elevar o padrão de qualidade do café brasileiro por meio do estímulo á produção, à industrialização e à comercialização de cafés de categorias superiores. O Projeto tem como diretrizes, entre outras, a sustentabilidade ambiental, econômica e social da produção e dos produtores de café.Magalhães, que também é presidente do Sindicato dos Corretores de Café do Estado do Espírito Santo, ressaltou, ainda, a questão da qualidade do produto. “Quando falamos em Política de Qualidade do Café, não podemos ter uma visão simplista para o tema. Temos que compreender o todo, para que o entendimento do processo seja claro, e sua eficiência, inquestionável. Qualidade tem que ser o todo, e não apenas parte do processo produtivo. Ou você tem qualidade da lavoura à xícara, ou não tem qualidade no processo”, disse, defendendo o Projeto de Lei que trata da vida de 4,2 milhões de cafeicultores de todo o Brasil.Para a CNC, o Projeto em discussão merece apoio, uma vez que se trata de iniciativa que busca empreender um padrão de qualidade ao café brasileiro. A iniciativa proporcionará um considerável aumento nas exportações e empregará um grande número de trabalhadores rurais, além de influenciar positivamente a economia nacional.Em sua apresentação, o deputado federal Silas Brasileiro (PMDB-MG), presidente Executivo do Conselho Nacional do Café, defendeu o reconhecimento da qualidade do produto brasileiro. “O café nacional é cada vez mais competitivo no mercado”, afirmou, destacando a importância dos sistemas de cooperativas para os pequenos, médios e grandes produtores.Para o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, é possível trabalhar uma linha de crédito antes de transformar a demanda em projeto de lei. “Precisamos pensar quais são as exigências relativas ao café de qualidade, discutir com os bancos uma linha de crédito específica. Poderíamos pensar em algo, inclusive, via crédito rural”, avaliou o secretário.Participaram da Audiência Pública o gerente-geral da Embrapa, Gabriel Ferreira Bartholo, o gestor de Projetos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Claudio Borges, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Pedro Fernandez, e o gerente da unidade de atendimento setorial de agronegócio do Sebrae, Ênio Queijada.Também estiveram presentes o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais e presidente da Comissão Técnica de Café da CNA, Breno Pereira de Mesquita; o diretor Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz ; o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Guilherme Braga; e o analista da Gerência Técnica e Econômica da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Pedro Rodrigues Alves Silveira.Após ouvir as considerações dos representantes da indústria do café, o relator, Luiz Claudio (PR-RO), elogiou o debate. “Foi um dia de aprendizado, com tantas autoridades do setor produtivo cafeeiro. Certamente, será de valiosa contribuição para que o relatório seja o melhor possível. O objetivo maior dessa audiência foi ouvir e acatar muitas das sugestões”, finalizou.Fonte: Portal CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo-.
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