Capixabas cautelosos com o consumo

O ICF apresentou retração de 5% em setembro. Para a Fecomércio-ES, o resultado revela o cenário de incertezas diante dos impactos da desaceleração econômica no mercado de trabalho.Após uma leve alta no mês de agosto o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) sofre retração e revela que a maioria dos capixabas ainda segue na pretensão de manter a cautela na hora das compras. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio/ES), o ICF apresentou leve queda de 5% em setembro, passando para 116,4 pontos, ante 122,5 pontos em agosto.O resultado revela o cenário de incertezas diante dos impactos da desaceleração econômica no mercado de trabalho. “Apesar da baixa taxa de desemprego, as incertezas quanto aos impactos do lento desempenho econômico do país sobre o mercado de trabalho gera receio entre as famílias”, afirmou o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.Além disso, o alto nível de inadimplência ainda reflete negativamente na disposição ao consumo. Para o presidente da Fecomércio-ES, o índice de endividamento das famílias está alto e freia gastos com novas aquisições. “O número de endividados ainda são expressivos no Estado, o que explica a preocupação em evitar o endividamento e em quitar as dívidas já adquiridas”, declara José Lino Sepulcri. Índices gerais

Na comparação mensal, todos os componentes apresentaram variações negativas, com exceção do subitem “Perspectiva de Consumo”, que registrou alta de 6,7%, passando de 91,9 pontos em agosto para 98,1 pontos em setembro. Mesmo com cautela, os dados mostram que as famílias têm perspectivas de consumo para os próximos meses. Entre os itens que sofreram as maiores quedas estão: “Momentos para duráveis” (-15%), “Perspectiva Profissional” (-7,4%) e o “Nível de Consumo Atual” (-5,3%).Por faixa de renda, os dados mostram que a queda da intenção de consumo é maior nas famílias de renda mais alta (acima de dez salários mínimos), com recuo de -5,7%. As famílias com renda abaixo de dez salários mínimos apresentaram retração de -0,7%. O índice das famílias mais ricas encontra-se em 114,8 pontos e o das demais, em 126,2.

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